30/09/2008

Nós Podemos Paraná

Campos Gerais mais perto dos Objetivos do Milênio

Campos Gerais mais perto dos Objetivos do Milênio

Projetos sociais que trabalham para alcançar os Objetivos do Milênio mudam a realidade da região

Geração de renda, melhoria da saúde das adolescentes, com a diminuição da gravidez na adolescência, e cuidados com o meio ambiente são os principais resultados do Movimento Nós Podemos Paraná na região dos Campos Gerais. A região é um exemplo de como a sociedade, articulada em torno de interesses comuns e com metas claras de trabalho, enfrenta grandes desafios, se organiza, multiplica esforços e gera resultados.

O trabalho do núcleo do Movimento Nós Podemos Paraná nos Campos Gerais foi o caso de sucesso apresentado pelo presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, na última semana em Nova York, durante encontro promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O projeto paranaense foi o único de toda a América Latina a ser apresentado na reunião com representantes de 150 países que desenvolvem ações para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU.

O núcleo dos Campos Gerais se transformou numa usina de idéias e numa rede de contatos para concretizá-las. “Não gastamos nada para transformar a idéia em ação, bastam nossos contatos”, diz Nelson Canabarro, coordenador do Núcleo em Ponta Grossa. O Movimento Nós Podemos Paraná, articulado pelo Sistema Fiep, surgiu em 2006 para contribuir para que o Paraná alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) até 2010, cinco anos antes do prazo estipulado pela ONU. Em três anos, foram realizados 58 encontros, com a participação de mais de 15 mil pessoas. Foram formados 19 núcleos de trabalho em todas as regiões do Paraná, que desenvolvem 150 projetos de ação para que o Paraná atinja os Objetivos do Milênio até 2010.

Um dos projetos surgidos a partir do Movimento, e replicado para diversos municípios paranaenses, é a produção de sacolas retornáveis utilizando como matéria-prima o saco de ráfia (que armazena o trigo) utilizado por panificadoras.

A idéia de fazer sacolas utilizando ráfia surgiu em 2007 durante a realização, em Ponta Grossa, da Oficina de Elaboração de Projetos, ministrada pelo Movimento Nós Podemos Paraná. A RedePan e o Sindicato da Panificação sugeriu a utilização de sacolas retornáveis em substituição às sacolas plásticas distribuídas no comércio em geral.

“A produção de sacolas é a fonte de renda para 14 costureiras que produzem, além das sacolas, uma série de outros materiais utilitários a partir do reaproveitamento de materiais que seriam descartados”, afirma a presidente da Associação para Produção de Sacolas Retornáveis (Aprosar), Nilcélia de Fatima Feitosa Ferreira, lembrando que mais de 25 pessoas estão envolvidas na produção de sacolas. Hoje, além das sacolas de ráfia, a Associação produz sacolas, bolsas e estojos a partir de banners descartados.

As sacolas ecológicas podem ser adquiridas no box da Associação no Capitólio Vest & Art. A associação também aceita encomendas. Os interessados devem entrar em contato pelos telefones (42) 3225-0063 ou (42) 9923-3609.

Saúde das adolescentes – Outro projeto que já apresenta resultados é o Menarca, que tem como foco a saúde da mulher, em especial meninas e adolescentes entre 11 e 16 anos. Criado em 2002, como iniciativa da Sociedade Educacional Prof. Altair Mongruel (Sepam), de Ponta Grossa (PR), o Projeto Menarca já foi freqüentado por mais de 6.500 meninas e adolescentes. 

O Menarca contempla dois dos oito Objetivos do Milênio, o nº 3 (igualdade entre sexos e valorização da mulher e o nº 6 (Combate à Aids, à malária e outras doenças) e seu diferencial é o trabalho de educação de pares. São alunas de 11 a 16 anos, que após treinamento com uma psicóloga e uma ginecologista, vão para as escolas conversarem com outras alunas da mesma faixa etária. O objetivo é a prevenção, com foco na gravidez precoce e nas doenças sexualmente transmissíveis.

Meio ambiente – No município de Palmeira, o foco dos trabalhos do Núcleo do Nós Podemos Paraná é o meio ambiente. Um deles é o Óleo Futuro, que visa retirar do meio ambiente o óleo de cozinha utilizado. É realizado em parceria com o Rotary Club e prefeituras de Ponta Grossa, Palmeira e Carambeí. Outro destaque é o Projeto Fênix, para a produção de tijolos ecológicos a partir do reaproveitamento das cinzas geradas nas caldeiras das indústrias locais. Esse projeto é em parceria com a Cáritas do Brasil, Associação Menonita Beneficente, Prefeitura de Carambeí e de Palmeira e Indústria Masisa do Brasil. O projeto aguarda a autorização ambiental para transformar 26 toneladas de cinzas em três moradias para pessoas de baixa renda, a um custo até 60% menor que de uma construção comum.

Destaque internacional – O Movimento Nós Podemos Paraná chamou a atenção dos chefes de Estado reunidos na sede da ONU por ser considerado uma ação complementar efetiva, que leva os conceitos globais dos Objetivos do Milênio para diversas localidades. “O interesse das pessoas foi muito grande pela nossa proposta de trabalho. Os participantes perceberam que é possível fazer chegar às localidades ações que muitas vezes os governos centrais não conseguem implantar”, destacou Rocha Loures.

Além da iniciativa paranaense, também foram apresentados modelos de ações da Índia, Filipinas, Uganda, Ruanda e Quênia. “Nossos diferenciais em relação aos projetos apresentados são a sinergia entre poder público, setor empresarial e sociedade civil organizada e também o processo de continuidade e monitoramento de resultados, feito pelo Orbis”, afirmou o presidente da Fiep.

O Orbis é um programa do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), do Sistema Fiep e do Serviço Social da Indústria (Sesi), que trabalha com o monitoramento e a difusão de indicadores ambientais e socioeconômicos e o progresso das iniciativas voltadas para os ODM. 

“Os indicadores são fundamentais para identificar potencialidades e necessidades das localidades. Servem também de instrumento para que os governos possam identificar prioridades e definir políticas voltadas às reais necessidades da população, além de medir os resultados das iniciativas”, comenta a coordenadora executiva do Orbis, Luciana Brenner.

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