28/07/2008

Objetivos do Milênio

Artesanato ecológico é opção de negócio para a Colônia Castelhanos

Artesanato ecológico é opção de negócio para a Colônia Castelhanos

Projeto do IPD e da Prefeitura de São José dos Pinhais mostra como buscar o desenvolvimento sustentável, com respeito ao meio ambiente
  

O Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD) também está trabalhando para que o Paraná possa alcançar os objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2010, cinco anos antes do prazo proposto pela ONU, que é 2015. Além da parceria com o movimento Nós Podemos Paraná, através do Orbis, vem desenvolvendo vários outros projetos que contemplam os objetivos do Milênio.

Segundo o diretor executivo do IPD, Carlos Gloger, a missão do Instituto está em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o que coloca o IPD em trabalho de parceria permanente com o movimento Nós Podemos Paraná, através de seus projetos. “Estamos sempre buscando iniciativas inovadoras que possam contribuir para o modelo de desenvolvimento sustentável, baseado no crescimento do indivíduo”, justifica Gloger.

O projeto de Artesanato Ecológico, por exemplo, atende aos objetivos de Desenvolvimento do Milênio Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente (7) e Todo Mundo Trabalhando pelo Desenvolvimento Sustentável (8). Foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura de São José dos Pinhais, na Colônia Castelhanos e resultou em alternativa de renda para a população local.

Como a atividade principal dos moradores é o cultivo da banana, favorecida pelo clima e pelo solo, foi desta atividade que o arquiteto Henry Cunha e Marina Ribas Lupion (consultores do IPD), desenvolveram e projetaram o trabalho de artesania agro-industrial, realizado com a fibra do bambu e da bananeira e que é hoje conduzido pelos próprios artesões, reunidos na Cooperativa de Castelhanos (Coocastel).

O  trabalho de  desenvolvimento dos ecoacessórios e biojóias, segundo a mestre em tecnologia, Marina Ribas Lupion, priorizou a escolha de materiais de baixo impacto ambiental, de produção sustentável e que requerem menos na fabricação. Neste caso, foram escolhidos o bambu e a fibra de bananeira por serem ecologicamente corretos e socialmente justos. Levou-se em conta também a economia de energia e a menor geração de lixo. Assim, foram criados produtos de maior duração, de fácil degradação, com bom funcionamento e cujas peças pudessem ser trocadas em caso de defeito, tudo visando gerar menos lixo.

Tudo começou quando a Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, através da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, buscou para essa comunidade  negócios sustentáveis com base na cultura local e que não degradasse o meio ambiente, considerando ser uma área da Mata Atlântica de preservação ambiental permanente. Assim, foi firmada uma parceria com o Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD) para execução do projeto.

A Colônia Castelhanos está situada em uma área da Mata Atlântica, de preservação ambiental permanente, aproximadamente a 70 km da sede do município de São José dos Pinhais e faz divisa com Guaratuba. Foi inicialmente colonizada por grupos indígenas, imigrantes ucranianos e poloneses. A maior parte das terras dos Castelhanos (cinco mil alqueires) ficou totalmente abandonada no período de 1890 a 1950, com a retirada dos imigrantes, que partiram em busca de terras mais férteis em outras regiões. Com a 2ª Guerra Mundial, diversas famílias européias (húngaros, alemães, ucranianos, poloneses e outros) se fixaram na localidade, às margens dos rios São João, Arraial e Castelhanos.

Ecologicamente corretos, os produtos foram desenvolvidos dentro de uma concepção contemporânea  e inovadora, projetados pelo arquiteto Henry Cunha que, através da visão de mercado no ramo de interiores, conseguiu vislumbrar objetos que agradam aos consumidores mais exigentes. Ele utilizou-se das técnicas construtivas oriundas da  sua experiência na arquitetura, em conjunto com os preceitos de harmonia, escala, equilíbrio e outros conceitos fundamentais ao bom desenho. 

Ele ressalta que o projeto, como foi desenvolvido, incentiva a criatividade e a melhoria no padrão de escolhas e análise formal  das novas criações, propondo que a comunidade não tenha medo de criar e  tenha a possibilidade de desenvolver sua autocrítica. “Com isso, evita-se a dependência total dos artesãos a um profissional de concepção, promovendo a sustentabilidade do grupo”, afirmou.

Constituída a Cooperativa de Trabalho e desenvolvida a comunicação visual, partiu-se para a construção coletiva de projeto técnico e desenvolvimento de protótipos. Finalizando o trabalho, foi iniciada a inserção no mercado e a comercialização. O lançamento da linha de produtos foi feito em grande estilo, em loja especializada de Curitiba, onde os produtos continuam a ser comercializados.

A Colônia de Castelhanos encontrou nesta atividade uma fonte de renda, sem degradar o meio ambiente e aproveitando a matéria-prima da região.  Hoje, a comunidade toca o seu próprio negócio e já é conhecida pelo uso de crochê com a fibra de bananeira e bambu, mesclando elementos da natureza como sementes e cascas, e também pelas biojóias. Comercializa cerca de 500 peças exclusivas por mês e muitos desses objetos já ganharam o mercado internacional, especialmente a França. Da linha de produção constam luminárias, trilhos de mesa, jogos americanos, porta guardanapos, bolsas, colares, brincos, cabeceiras de cama, prateleiras, marcadores de livro, entre outros. 

Marina acredita que, quando a nova sede da Cooperativa for construída, conforme projeto já existente na Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, os mercados para comercialização dos produtos também serão ampliados.  Em 2007, o projeto recebeu o Prêmio Revelação e Destaque da Prefeitura de São José dos Pinhais. 

Contato: IPD – 041-33620200 e WWW.ipd.org.br

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