Reportagem Folha de Londrina

FAO vai apoiar educação e agroindústria no Paraná
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação assinou carta de intenções com a Fiep para ações conjuntas. 

Curitiba - A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) assinou ontem uma carta de intenções com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) para desenvolvimento de ações conjuntas com o objetivo ecossocial. De acordo com o representante da FAO no Brasil, José Tubino, a idéia é reduzir a fome e a extrema pobreza no Brasil, promover qualidade de vida, preservação ambiental e fomentar a associação para o desenvolvimento. ''É a formalização de um desejo mútuo de atingir as metas de crescimento econômico e controle de doenças como essas que estão reaparecendo no Brasil por conta do aquecimento global. Temos um papel estratégico no Mundo e só conseguiremos agir adequadamente se fizermos parcerias'', disse ele.

O convênio comporta como primeira atividade ações educacionais para minimizar desperdícios com água no Paraná. A idéia é aproveitar o dia 22 de março que é o Dia Mundial da Água. Paralelamente, a Fiep está desenvolvendo um estudo para um projeto-piloto de água na agroindústria. A idéia é gerar economia e aumentar os rendimentos industriais. Segundo José Roberto Borguetti, consultor nacional da FAO, a intenção é incentivar o reuso da água e melhorar a gestão interna para o uso racional dos recursos hídricos.

Hoje, 69% da água consumida no Paraná vai para a agricultura, que tem desperdício de 50% dessa água. A indústria estaria com perda de 35% (desperdício). O projeto será para envolvimento social nos próximos dois anos.

Dados apresentados ontem pela Fiep demonstram que os industriais estão interessados em investir em sustentabilidade. O vice-presidente Odair Ceschin comentou que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) investirá nos próximos quatro anos cerca de R$ 10 bilhões em educação, atingindo 16 milhões de pessoas. No Paraná, os investimentos serão de R$ 1 bilhão, atingindo 600 mil pessoas. ''Temos uma história e tradição em educação'', analisou Ceschin.

A FAO informou estar interessada em cooperar em projetos estratégicos para educação de jovens, educação ambiental, agroindústria, combate a doenças e ações de sustentabilidade. Com o governo do Estado, a organização está desenvolvendo projetos para maricultura e aquicultura com o intuito de fomentar atividades de produção e pesca no País.         

 POR: Luciana Pombo Equipe da Folha