13/11/2007

Armadilha da dengue

Ministério usará em todo o país aparelho criado no PR

Armadilha da dengue

Ministério usará em todo o país aparelho criado no PR

 

O adultrap, equipamento que captura a fêmea do mosquito transmissor da dengue, teve aprovação do Ministério da Saúde e será usado no controle do Aedes aegypti em todo o país. Depois de quatro anos de testes pelos agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Foz do Iguaçu, o aparelho recebeu aprovação semana passada, mas ainda não há previsão de quando os estados passarão a receber as armadilhas.

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Controle da Dengue, somou os dados obtidos pelo CCZ e os testes feitos também no Rio de Janeiro pelos pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Parte dos testes foram acompanhados pelo professor do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Almério Castro Gomes, e os resultados publicados em revistas especializadas.

No encontro com o coordenador iguaçuense das pesquisas, o médico veterinário André Leandro de Souza, o ministro da Saúde, Jorge Gomes Temporão, elogiou a iniciativa do inventor, o comerciante de Cianorte, João Edson Donatti, e a disposição dos agentes que apostaram na novidade.

O financiamento para as pesquisas e a produção das peças, até agora feito pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), passará a contar com recursos federais. "Estamos com tudo pronto para atender os pedidos", garante Donatti. O inventor já recebeu pedidos de encomendas de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. A produção será terceirizada para uma empresa de Campo Mourão e cada unidade custará R$ 55.

 

Funcionamento

Dotado de um recipiente com água protegido por uma tela, o adultrap deixa o ambiente próximo úmido, chamando a atenção da fêmea para a desova. Protegido, o recipiente não chega a ser usado, mas o inseto acaba preso em outro compartimento também envolto em tela. Ao aprisionar a transmissora, o ciclo de reprodução é interrompido. O equipamento permite que a fêmea seja capturada viva. Com isso, é possível saber se ela trazia ou não o vírus da dengue. Com essas informações, traçam-se estratégias de combate.

Outra vantagem da armadilha é a redução de custos, já que os próprios agentes de saúde operam o equipamento, dispensando análises laboratoriais para identificação de larvas e eliminando o uso de iscas sintéticas e humanas. Segundo a Sesa, o Paraná registrou este ano, até 18 de outubro, 24.838 casos confirmados de dengue. Entre as cidades mais atingidas estão Maringá (5.465), Foz do Iguaçu (3.037) e Umuarama (1.610).

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