31/05/2007

Objetivos do Milênio

Publicação reúne análise de indicadores por mesorregião

Publicação reúne análise de indicadores por mesorregião

O material, produzido pelo Observatório de Indicadores, está sendo distribuído aos participantes dos eventos do Nós Podemos Paraná em todo o Estado

 

         O Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis) lançou este mês uma série de publicações com a análise dos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) nas dez mesorregiões paranaenses. O material contém um breve diagnóstico de indicadores relacionados à pobreza (proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza); educação (taxa de matrícula no ensino fundamental e médio); mortalidade materna e infantil (taxa de mortalidade de menores de 5 anos e percentual de crianças nascidas de mães adolescentes); doenças (número de casos de Aids); e meio ambiente (percentual de domicílios com acesso à água tratada, esgoto e coleta de lixo).

         De acordo com a coordenadora executiva do Orbis, Luciana Brenner, o Observatório busca democratizar a informação para aumentar a participação da sociedade nas decisões e no curso do desenvolvimento do Estado.

         "Várias das metas contidas nos ODM dependem de ações locais: a educação, a saúde infantil e a preservação da cobertura vegetal são fatores que podem ser transformados a partir de mobilizações locais e estão muito associados às administrações municipais e a laços culturais", diz, ressaltando que as informações auxiliarão prefeituras, lideranças e Núcleos Regionais do Nós Podemos Paraná a compreender melhor a realidade local, além de identificar áreas prioritárias para investimentos.

         O Orbis é um programa do Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), apoiado pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).

         As publicações trazem a análise dos indicadores de cada um dos municípios abrangidos pelas mesorregiões: Centro-ocidental (região de Campo Mourão), Centro-oriental (Ponta Grossa), Centro-sul (Guarapuava), Norte-central (Londrina e Maringá), Noroeste (Umuarama e Paranavaí), Norte Pioneiro (Cornélio Procópio), Oeste (Cascavel e Foz do Iguaçu), Metropolitana (RMC e litoral), Sudeste (Irati) e Sudoeste (Francisco Beltrão e Pato Branco). O material está sendo distribuído aos participantes dos 21 eventos do movimento Nós Podemos Paraná em todo o Estado.

O Nós Podemos Paraná tem como objetivo antecipar o alcance dos Objetivos do Milênio no Paraná para 2010, cinco anos antes do prazo estipulado pela ONU. O movimento é uma proposta do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial, que vem sendo articulado e conduzido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, através do Sesi e pelo Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), através do Orbis.

         "Os indicadores poderão auxiliar nos trabalhos de cada um dos Núcleos Regionais do movimento, principalmente na elaboração de projetos de responsabilidade social e tomada de decisão. Conhecendo a realidade, fica mais fácil elaborar projetos que contemplem o alcance dos Objetivos do Milênio", explica a coordenadora do Nós Podemos Paraná, Maria Aparecida Zago.

         O secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Coronel Vivida, Leandro Signor, afirma que a publicação permite monitorar o desenvolvimento dos municípios, uma vez que traz informações sobre indicadores que muitas vezes são desconhecidos ou desconsiderados na formulação de políticas públicas. "O material será muito útil para o trabalho do Núcleo Regional do Nós Podemos Paraná de Coronel Vivida. Estávamos sem direção para conduzir os trabalhos e a partir de agora o processo será mais rápido, pois sabemos a situação exata de cada um dos municípios", declara Signor.

         O Orbis também lançou a 2.ª edição do trabalho "Indicadores do Milênio no Estado do Paraná", com dados atualizados. O material está disponível no site do Orbis: www.orbis.org.br.

 

Indicadores regionais

        

         Segundo levantamento do Orbis, no Paraná a região Centro-Sul é a que possui o maior percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza: 43,2%, seguida pela região Sudeste (39,3%) e Centro-Ocidental (35,9%) - dados de 2000. As que possuem o menor percentual são a Metropolitana de Curitiba, com 15,9% e a Norte-Central, com 19%. As mesorregiões Sudoeste e Noroeste foram as que apresentaram os maiores percentuais de redução de pobreza no Estado, 44% e 42%, respectivamente.                                                                                 

         Com relação à educação, um dado comum a todas as regiões é a defasagem idade-série, que se eleva à medida que se avança os níveis de ensino. De 1ª a 4ª série, os maiores índices são da mesorregião Centro-Sul, na qual um em cada sete alunos encontra-se em situação de defasagem, enquanto que na Sudoeste apenas um a cada quinze estão defasados.

         Na segunda etapa do ensino fundamental (5ª a 8ª série), a defasagem varia entre um a cada seis e um a cada quatro estudantes, mas é no ensino médio que a situação se agrava com um a cada três alunos com idade superior à recomendada ocorrendo em quatro mesorregiões.

         Em todas as regiões houve diminuição da taxa de mortalidade infantil (crianças menores de 5 anos). No Paraná, a redução foi de 50% entre 1990 e 2004. A mesorregião que apresentou pior desempenho neste indicador foi a sudoeste, que reduziu em apenas 7% o índice de mortalidade. Um indicador preocupante com relação à saúde da mulher é a mortalidade materna que aumentou em duas mesorregiões e reduziu menos de 30% em outras duas. Com uma meta de redução de 75%, a região Norte-central é a que mais se aproxima da meta, com 73% de redução da taxa de mortalidade entre 1990 e 2004. Em 2004, o índice de gravidez na adolescência (a proporção de crianças nascidas de mães com idade inferior a 20 anos), variou entre 19% e 25%, dependendo da região.        

         Por ser mais urbanizada, a mesorregião Metropolitana de Curitiba é a que possue maior percentual de moradores com acesso à água da rede canalizada em pelo menos um cômodo do domicílio, com 89,7%. As mesorregiões Noroeste e Oeste possuem 87,5% e 81,6%, respectivamente. Com relação à proporção de domicílios com formas de esgotamento adequadas, a situação é mais crítica: na região Centro-Ocidental, apenas 22% das residências têm coleta pela rede geral ou possui fossa séptica, percentual que sobe para 80% na mesorregião Metropolitana.

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