clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação)

Já imaginou gerar sua própria energia? Os curitibanos e engenheiros mecânicos Felipe Wotecoski e Juliano Rataiczyk desenvolveram um equipamento capaz de gerar energia no quintal de casa com impacto reduzido ao meio ambiente. A alternativa é sustentável e parte do princípio da energia renovável.

A microusina, que tem o tamanho similar ao de um fogão de quatro bocas, é capaz de gerar até 720 quilowatts/hora por mês, energia suficiente para abastecer de três a quatro residências e ainda devolver um pouco de energia à rede elétrica. Segundo os desenvolvedores, a economia com essa quantidade de energia é de aproximadamente R$ 500 mensais com a conta de luz.

"As megausinas hidrelétricas são muito grandes e difíceis de gerenciar. A ideia é descentralizar esta produção, com equipamentos simples de instalar, operar e fazer manutenção, para dar conta da crescente demanda de energia que temos visto a cada ano. Temos cada vez mais aparelhos eletrônicos dentro de casa", contou Wotecoski ao jornal Tribuna do Paraná.

Porém a solução tem uma limitação: ela tem como base o "movimento da água" é preciso ter uma fonte - um rio ou riacho, até mesmo um vertedouro - e uma queda natural de pelo menos 15 metros de altura, para que a correnteza tenha força suficiente para acionar a turbina da usina.

O custo da instalação de cada módulo é de R$ 19.900, mas o valor reduz se forem instalados mais aparelhos. E a expectativa é que, com a produção em série, o custo reduza em breve.

O empresário Daniel Collere já testou a solução. Foi na chácara dele em Antonina, litoral do Paraná, que os jovens engenheiros instalaram os primeiros protótipos, testaram e conseguiram as devidas licenças e homologações para produzir e comercializar as microusinas em larga escala. Collere comenta que o fornecimento de energia na região, à beira do Rio do Nunes, é muito instável, principalmente quando chove ou venta muito.

A chegada do equipamento veio em boa hora, pois reduziu as perdas de aparelhos elétricos queimados (antena parabólica, antena da Sky, geladeira etc.) e deu um "alívio" para o bolso. "Vou para lá só aos fins de semana. Mas fim de tarde e noite sempre falta luz. Ficávamos à luz de velas. Chegava até a ser romântico", brinca Collere. Hoje a usina é capaz de pagar a conta de luz da chácara e ainda manda créditos para abater da residência do empresário, em Colombo, região metropolitana de Curitiba. "É um investimento que, para mim, se paga em menos de três anos. É um projeto legal e que ainda ajuda a natureza", afirma.

Startup

A Metha, empresa aberta por Felipe e o sócio Juliano para o desenvolvimento da microusina, foi a única do Paraná selecionada ano passado no programa Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (Finep) para receber R$ 1 milhão, dinheiro que irá permitir à startup instalar sua linha de montagem e selecionar distribuidores do equipamento em todo o País.

A iniciativa está sendo desenvolvida dentro do Vale do Pinhão, o movimento da Prefeitura e do ecossistema de inovação da capital para tornar Curitiba a cidade mais inteligente do País, e acelerado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná).

Com informações da Gazeta do Povo e Tribuna do Paraná.

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