Copel começa a executar projetos em microgrids - Fiep - Boletins Setoriais - Energia

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A Copel começou a executar, no início deste ano, projetos no conceito de microgrids. Trata-se de uma rede local de energia com controle de capacidade, o que significa que pode (ou não) ser desconectada de uma rede tradicional e operar de forma autônoma. Como é localizada, pode combinar fontes de energia, entre elas alternativas como eólica e solar. O conceito reúne gerenciamento de demanda, armazenamento e geração.

Os investimentos da Copel nesse tipo de iniciativa, de um total de R$ 70 milhões (o pacote inclui mais cinco projetos na área de energias renováveis), são usados em experimentos que conectam centenas de milhares de consumidores em diferentes regiões do Estado, e devem apresentar resultados até 2020. Os recursos foram aprovados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em meados de 2016.

Segundo o superintendente de Smartgrids e Projetos Especiais da Copel, Júlio Omori, no que diz respeito à indústria, o conceito de microgrids traz benefícios de qualidade e possibilidade de novas receitas. Ele explica que a energia fornecida por sistemas deste tipo é menos sujeita a interrupções e oscilações de tensão. “Temos estudos que mostram que são investimentos que, para a indústria, se pagariam rapidamente”, completa.

Outra vantagem seria a possibilidade de novas receitas já que no modelo de microgrids, dependendo do tamanho do projeto, é possível exportar energia ou estabelecer um regime compensatório no qual uma planta industrial superavitária na geração de energia compensaria outra deficitária. A energia gerada também pode ser comercializada com a distribuidora, ou há ainda a possibilidade de um desconto na conta de luz. Omori conta que os projetos ainda estão em fase inicial, mas que a Copel está aberta à troca de experiências e demonstrações a possíveis interessados.