(Foto: Divulgação)Para resolver o problema da falta de autonomia de veículos como ônibus elétricos, pesquisadores estão desenvolvendo um estudo na cidade de Genebra, na Suíça, que utiliza pontos de recarga nas paradas pelo caminho. Durante o embarque dos passageiros, o veículo ergue uma espécie de plugue, que se conecta a uma base e recebe uma carga de 600 kw em 20 segundos, suficiente para seguir viagem até a próxima base.
O modelo lembra o dos trólebus, utilizados na cidade de São Paulo, porém não demanda a necessidade de fios esticados pelas ruas. O carregador instalado no ponto de modo subterrâneo é ligado na rede elétrica regular. A empresa desenvolvedora do produto pretende trazer essa tecnologia ao Brasil e está debatendo com fabricantes como fazer isso. "O grande desafio está em ter ônibus adequados. Estamos em desenvolvimento com integradores para produzir veículos elétricos compatíveis, com fornecedores locais do Brasil", afirmou o vice-presidente de Marketing e Vendas da Divisão de Power Grids da ABB, Glauco Freitas, ao blog Avenidas, do jornal Folha de S. Paulo.
"Esperamos que o governo crie uma regulação clara, algo que falta, e que também dê incentivos. Essa transição [do diesel ao elétrico] vai exigir dinheiro", disse Freitas ao blog. A expectativa é que a regulação para os ônibus elétricos seja viabilizada após uma consulta pública realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cujas conclusões devem ser publicadas até setembro. Apesar dos entraves ainda pendentes, a utilização dos ônibus elétricos proporciona vantagens como a não poluição do ambiente e a baixa emissão de ruídos, já que são mais silenciosos do que veículos a diesel.
Testes
Os testes com esse sistema, chamado Tosa, iniciaram em dezembro de 2017 na cidade de Genebra. Ele também está em uso em Nantes, na França. Segundo a fabricante ABB, 12 ônibus alimentados pela tecnologia já percorreram 500 mil quilômetros.
Os ônibus com abastecimento nos pontos são uma alternativa para a autonomia necessária. Os novos coletivos precisam de baterias mais caras ou maiores, o que aumenta o custo de fabricação e diminui a área útil para os passageiros. Esses fatores atrasam a sua adoção pelas empresas.
Espaço para o desenvolvimento de novas tecnologias
Um espaço inovador, com foco no desenvolvimento de novas tecnologias e que transforma estudantes em pesquisadores ativos, colaborando para o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de solucionar problemas reais. Assim é o espaço Renault Lab, inaugurado em junho na unidade CIC do Sistema Fiep, em Curitiba (PR). "O espaço colaborativo é ideal para colocar ideias em prática; aqui os alunos serão pesquisadores ativos", afirma a gerente da unidade, Tânia Rinaldi.
O foco do espaço está no desenvolvimento de tecnologias voltadas para veículos elétricos. Segundo a coordenadora de Projetos de Engenharia da Renault, Elizangela Camargo, entre as linhas de pesquisa que mais interessam à empresa estão a produção de um veículo elétrico 100% brasileiro e o descarte de baterias e carregador nacional economicamente viáveis.
Tecnologia e inovação é uma das principais linhas de atuação do Sistema Fiep. A unidade da CIC é um ambiente com forte ecossistema de inovação. São mais de 58 mil m² ocupados com salas de aula, espaços de manufatura, FabLab e em breve, uma Aceleradora de Startups (a segunda do Sistema Fiep na capital paranaense). Além disso, na unidade é ofertada a pós-graduação em Engenharia de Veículos Híbridos e Elétricos. "O Sistema Fiep, por meio do Senai no Paraná, tem um papel fundamental na implantação e no desenvolvimento da indústria automobilística no Paraná, pois já formou e continua formando os profissionais para atuar no setor", ressalta Tânia.
Com informações do Sistema Fiep e da Folha de S. Paulo.
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