(Foto: Stock Adobe)A demanda de energia do Brasil em 2019 deve crescer cerca de 4% em relação ao ano anterior, segundo levantamento realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com a instituição, esse resultado é influenciado pelo crescimento econômico do País.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Thiago Barral, presidente da EPE, afirmou que a instituição "está olhando para um ritmo de retomada do crescimento econômico". Segundo ele, a estatal trabalha com uma projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% para este ano. E, para 2020, a EPE utiliza como parâmetro a previsão de crescimento do PIB de 2,7%.
Termelétricas
Para atender as demandas do mercado, o governo deverá decidir nos próximos meses sobre a realização de um leilão específico para contratação de capacidade de termelétricas. Segundo Barral, a EPE identificou no ano passado que o sistema elétrico brasileiro pode necessitar de aporte de potência. "Isso está na raiz da discussão do leilão de termelétricas", afirmou.
Segundo o presidente, um ponto importante a ser avaliado é se os leilões de energia nova A-4 e A-6 serão suficientes para garantir esse aporte de potência necessário. "A discussão está menos no mérito e mais na forma do leilão [de potência] e a interação [do tema] com os leilões A-4 e A-6", afirmou. Os leilões de energia nova "A-4" e "A-6" devem ser realizados em junho e setembro deste ano. O leilão A-4 negociará contratos de energia de novos empreendimentos com início de entrega previsto para 2023, já o A-6 terá início de suprimento em 2025.
Para Barral ainda é difícil prever qual será a demanda dos dois leilões, pois a EPE ainda não recebeu as previsões de demandas das distribuidoras para os próximos anos. Segundo ele, a indefinição até o momento da revisão do Anexo "C" do Tratado de Itaipu, que trata da comercialização da energia do Paraguai para o Brasil e que tem vencimento em 2023, não deverá afetar significativamente a projeção da demanda das distribuidoras. Isso porque, explicou, o único ponto que está sendo revisitado é o preço da importação, mas o tratado assegura que o excedente da produção paraguaia da hidrelétrica seja fornecido ao Brasil.
Com informações do Valor Econômico.
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