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Um importante surto de chikungunya poderá ocorrer no Brasil ao longo dos próximos dois anos, com as áreas mais afetadas sendo o Nordeste e a faixa litorânea na região Sudeste. A previsão foi feita por Maurício Lacerda Nogueira, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, e corroborada por estudo preditivo realizado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan.

A declaração foi realizada durante o programa de TV Ciência Aberta, produzido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e jornal Folha de S. Paulo, que teve como tema as arboviroses, as doenças transmitidas por mosquitos. Quatro vírus veiculados pelo Aedes aegypti - dengue, chikungunya, zika e febre amarela - propagaram-se pela população brasileira em anos recentes e produziram um pico epidêmico entre 2015 e 2017.

Os estudos mostram que o máximo de ocorrência da chikungunya ainda está por ocorrer. Essa doença é grave não apenas pelo episódio agudo em si, mas também pelo fato de poder deixar, como sequela, uma artrite crônica, que eventualmente incapacita a pessoa a exercer sua atividade profissional. Nogueira ressaltou que o zika e a chikungunya não entraram no País trazidos pelos próprios mosquitos, mas por humanos.

O pesquisador lembrou que é impossível diferenciar clinicamente a dengue, o zika e a chikungunya, pois os sintomas são muito parecidos: "São, todas elas, doenças febris agudas, parecidas com a gripe. As pessoas apresentam exantemas [vermelhidão na pele], cefaleia [dor de cabeça], mialgia [dor muscular]. Só o diagnóstico molecular permite diferenciar um caso do outro. Mas esse exame é caro. Então, temos que tratar todos os pacientes como se fosse dengue, porque dengue mata, e mata rápido - não é o caso do zika e da chikungunya", disse.

Com informações da Fapesp.

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