clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Prefeitura de Londrina)
A empresa Strike, de Alagoas, e a Embrapa desenvolveram um inseticida biológico que ataca especificamente larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zica, chikungunya e febre-amarela. Criado a partir da bactéria Bti (Bacillus thuringiensis israelensis), o produto é inofensivo aos demais seres vivos, não agride o meio ambiente, é resistente a altas temperaturas e aos raios ultravioletas (UV) e poderá ser usado em água de consumo humano. Com apenas uma gota para cada litro de água, o novo bioinseticida é capaz de matar as larvas do mosquito nos criadouros.

Em fase final de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o STRIKE Bio-BTI, poderá ser vendido diretamente ao consumidor, graças a uma recente mudança na regulamentação da Agência, voltada ao registro de saneantes. Antes, a venda desse tipo de produto era restrita a empresas especializadas ou para campanhas de saúde pública.

Os pesquisadores coletaram as bactérias em solo brasileiro e, depois, fizeram análises toxicológicas no laboratório para avaliar seu potencial patogênico contra os insetos. As cepas (variedades) da bactéria utilizadas na formulação dos produtos são oriundas do banco de bactérias mantido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, que hoje conta com mais de 2,8 mil estirpes.

Enquanto aguardam o registro do produto, as instituições investem no desenvolvimento de um outro inseticida biológico contra o mosquito urbano ou pernilongo (Culex quinquefasciatus), baseado no mesmo princípio tecnológico do Strike Bio-BTI. “Produtos biológicos ocupam hoje cerca de 2% do mercado de agroquímicos no mundo, mas a tendência é de grande crescimento, cerca de 15% para os próximos anos”, explica a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Rose Monnerat.

Com informações da Embrapa.