clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Adobe Stock)

O relatório Global E-Waste Monitor 2017 revelou que no ano de 2016 foram produzidos 44,7 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos (e-waste) no mundo. Ainda segundo o relatório elaborado pela Universidade das Nações Unidas, União Internacional de Telecomunicações e pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos, o Brasil é o maior produtor de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) da América Latina e o segundo de todo o continente americano, produzindo 1,5 milhões de toneladas e ficando atrás apenas dos Estados Unidos (6,3 milhões de toneladas).

Estima-se que cada brasileiro gere 7,4 quilos de lixo eletrônico por ano e que menos de 3% são reciclados. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), o Paraná gerou cerca de 86,8 mil toneladas de resíduo eletrônico no ano de 2016.

A logística reversa seria um meio de minimizar o impacto desses produtos. É por meio desse sistema, por exemplo, que os materiais recicláveis poderão retornar ao setor produtivo na forma de matéria-prima. Se viabilizada, a logística reversa exigida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), todas as partes relacionadas ao processo deverão contribuir para o encaminhamento dos produtos em fim de vida útil para a reciclagem ou destinação final ambientalmente adequada.

Acordo Setorial Federal

A Abinee e a GREEN Eletron, gestora de Logística Reversa de Produtos Eletroeletrônicos, em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos e Serviços de Tecnologia da Informação (Abradisti) e a Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional) entregaram em abril ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) a proposta para assinatura do Acordo Setorial Federal para a implantação de Sistema de Logística Reversa de Produtos Eletroeletrônicos de Uso Doméstico e seus Componentes.

Humberto Barbato, presidente da Abinee e da GREEN Eletron, acredita que a iniciativa demonstra mais do que um simples atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos, o comprometimento do setor privado com os cidadãos, de maneira a propiciar uma forma eficiente de descartar seus produtos sem uso (lixo eletrônico) de maneira ambientalmente adequada. "Desse modo, contribui-se também para a economia circular, uma vez que os materiais dos produtos descartados retornam como matéria-prima para o setor produtivo", disse.

Segundo ele, evita-se assim a extração de recursos naturais, reduzindo o consumo de energia e a emissão de CO2, contribuindo para a criação de novos empregos e serviços na cadeia de logística reversa.

A próxima etapa é o envio da proposta pelo MMA ao Comitê Interministerial (CORI) para aprovação e encaminhamento para consulta pública e posterior assinatura.

Com informações do site Abinee e Revista AdNormas.

Leia mais notícias sobre o setor em https://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/6/especial/boletins-setoriais/6/especial/boletins-setoriais/6/especial/boletins-setoriais/6/especial/boletins-setoriais/6/especial/boletins-setoriais/6/especial/boletins-setoriais/6/especial/boletins-setoriais/6/.