clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação)
Pesquisadores japoneses descobriram um fenômeno chamado efeito fotodielétrico, que poderá permitir fabricar "telas de toque sem toque" (telas controladas a laser, com movimento em pleno ar). Uma série de componentes avançados para circuitos lógicos vêm sendo desenvolvidos nos últimos anos. No entanto, ainda não existia um fotocapacitor, que segundo o professor Hiroki Taniguchi, da Universidade de Nagoya, fornecesse uma nova maneira de operar circuitos eletrônicos com luz. “Ele impulsionará a evolução da eletrônica para a próxima geração da fotoeletrônica," diz ele referindo-se à descoberta.

Ao aplicar tensão nas placas condutoras (capacitores), as cargas opostas se acumularam em ambas as placas e os pesquisadores descobriram o efeito fotodialétrico e a possibilidade de usar a luz para controlar uma propriedade do dielétrico. Outras equipes já haviam obtido um tipo de efeito fotodielétrico usando uma variedade de materiais, mas sempre dependendo da fotocondutância.

O efeito fotodielétrico extrínseco, ou indireto, não é adequado para aplicações práticas porque o capacitor é bom isolante, impedindo a corrente elétrica de fluir. Além disso, esse capacitor só funcionaria com corrente alternada de baixa frequência, enquanto os circuitos eletrônicos funcionam com corrente contínua. Taniguchi e seus colegas identificaram um efeito fotodielétrico intrínseco em uma cerâmica. Ainda não está claro como o efeito fotodielétrico intrínseco funciona, mas Taniguchi suspeita de defeitos na estrutura cristalina da cerâmica onde ele foi identificado. Vale lembrar que toda a eletrônica funciona com base em "defeitos" intencionalmente inseridos nos semicondutores, os chamados materiais dopantes.

Mais pesquisas serão necessárias antes da obtenção de telas controladas por luz, mas esta descoberta é um passo significativo. Estudos adicionais procurarão aumentar a intensidade do efeito e minimizar qualquer dissipação de energia. Entendendo o funcionamento do fotodielétrico intrínseco também será possível identificá-lo em outros materiais que possam se mostrar mais adequados para aplicações práticas.

Com informações do site Inovação Tecnológica.

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