O consumo de aparelhos eletrônicos alimenta o tema da geração e reaproveitamento de resíduos no mundo. Segundo a ONU, em 2018, os latino-americanos vão descartar 4,8 milhões de toneladas de lixo eletrônico, 70% a mais do que em 2009. Os componentes de muitos equipamentos, no entanto, podem ser reaproveitados e retornar para as linhas de produção.

Calcula-se que cada smartphone tenha R$ 4,20 de ouro e R$ 0,63 de prata. Se no Brasil cerca de 170 milhões de smartphones estão em uso, isso totaliza R$ 821 milhões só em prata e ouro, componente ideal para circuitos internos. Além disso, elementos como ferro e plástico, e os chamados terra-raras (15 elementos) compõem celulares, turbinas eólicas e carros híbridos. O descarte não é o único problema. Para extrair o 0,034 g de ouro usado em um único celular, é necessário escavar 10 kg de terra de minas. E a fabricação do aparelho todo ainda consome 13 mil litros de água, e emite 16 kg de CO2 – o mesmo gerado ao se rodar 320 km com um carro popular. Reaproveitar o lixo eletrônico como é feito com as latinhas de alumínio (98% delas são recicladas no país) é essencial e pode representar uma oportunidade de negócio.

No Brasil, onde a Política Nacional de Resíduos Sólidos está em vigência desde 2010, existem algumas empresas especializadas. A Sinctronics, de Sorocaba (SP), começou a operar em 2012, conta com 100 funcionários e recicla 95% de tudo o que entra ali – os demais 5% são usados por outras indústrias, como as de cimento, para gerar calor.  Depois da separação, o plástico vai para máquinas injetoras e dão origem a novas peças, como alças ou peças de impressoras. O metal segue para a separação magnética: o ferro vai para empresas de material de construção, e o alumínio e o cobre são vendidos para fundições. O ouro é enviado para as únicas cinco usinas de reciclagem no mundo que conseguem executar a reciclagem em larga escala (o que viabiliza a tarefa), localizadas na Alemanha, na Bélgica, no Canadá, na Suécia e no Japão.

A reciclagem de lixo eletrônico é uma das ideias de negócios apresentada pelo Sebrae. Para saber mais, acesse https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-montar-um-servico-de-reciclagem-de-lixo-eletronico,e4397a51b9105410VgnVCM1000003b74010aRCRD .

 

Saiba mais sobre o setor em https://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/4/especial/boletins-setoriais/4/especial/boletins-setoriais/4/especial/boletins-setoriais/4/especial/boletins-setoriais/4/especial/boletins-setoriais/4/especial/boletins-setoriais/4/especial/boletins-setoriais/4/