(Foto: Adobe Stock)O fraco desempenho da economia brasileira frustrou as expectativas da indústria de construção. A Sondagem da Indústria da Construção, realizada em março pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra queda no índice de intenção de investimento. Uma queda de 1,2 ponto entre fevereiro e março, passando de 34,0 para 32,8 pontos. Em uma escala que vai de 0 a 100, quanto menor o índice, menor é a disposição para investir.
A queda não é de hoje, o índice de investimento vem caindo desde janeiro, quando ele havia ficado em 38,0 pontos, o maior valor dos últimos quatro anos. A pesquisa também revelou que os indicadores de atividade, emprego e utilização da capacidade operacional mostram a estagnação que recai sobre o setor.
"A indústria da construção tem enfrentado problemas que são reflexos da baixa atividade econômica do Brasil. Com expectativas frustradas, os empresários se tornaram menos dispostos a assumir riscos, o que comprometeu os investimentos na indústria da construção", afirma a economista da CNI ao Portal da Indústria, Dea Fioravante.
Entre os setores de corte - construção e edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados -, o setor de obras de infraestrutura é o que apresenta o pior desempenho, tanto em nível de atividade esperada quanto em ociosidade. "Como esse setor reúne grandes obras de longo prazo, com alto grau de empregabilidade, o fato de seu desempenho estar comprometido afeta de modo expressivo toda a indústria da construção", ressalta Dea Fioravante.
Condições financeiras
A satisfação em relação às condições financeiras, cujos índices aumentaram continuamente no decorrer de 2018, regrediu em março. O índice de situação financeira registrou 38,9 pontos no fechamento do primeiro trimestre, após queda de 2,5 pontos em relação ao trimestre anterior.
O indicador de satisfação com a margem de lucro operacional sofreu queda de 3,3 pontos e fechou o trimestre com 33,2 pontos. Ambos os indicadores registraram resultados piores do que há um ano. "Ao longo de 2018, os indicadores de satisfação financeira haviam crescido de forma modesta, mas contínua e gradual. A queda ocorrida nesse primeiro trimestre de 2019 consome os ganhos apresentados ao longo do ano passado", explica a economista da CNI.
Entre os cinco problemas mais citados pelas empresas do setor de construção, a elevada carga tributária permanece como o mais frequente, com 39,7% das assinalações, seguida por demanda interna insuficiente, com 31,3%. Em terceiro lugar, destaca-se a burocracia excessiva (27,5%). Em quarto e em quinto estão a falta de capital de giro (24,5%) e a inadimplência dos clientes (21,4%), respectivamente.
A Sondagem Indústria da Construção ouviu 483 empresas, sendo 162 de pequeno porte, 214 de médio porte e 107 de grande porte. Os dados foram coletados entre 1º e 12 de abril.
Com informações do Portal da Indústria.
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