Construção vira alvo de inovação de startups - Fiep - Boletins Setoriais - Construção civil e mineral

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O setor de construções virou alvo de uma série de startups que veem em suas ineficiências grandes oportunidades para seus empreendimentos. Com ideias como aplicativos para organizar o canteiro de obra, novas técnicas de construção, novos materiais e até o uso de drones, essas empresas buscam levar produtividade ao segmento.

"É um setor expressivo em termos econômicos e um dos piores em adoção de tecnologia, o que significa que há um espaço enorme para crescer", afirmou Bruno Loreto, que criou há dois anos o fundo Construtech Ventures, em entrevista para a Folha de São Paulo. O fundo já apostou em oito startups e a meta é chegar a 20 em dois anos, injetando entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões por companhia.

Um dos exemplos vem da Construct App, aplicativo que reúne informações sobre tarefas em desenvolvimento e problemas a serem resolvidos no canteiro de obras. A ideia é fazer com que os engenheiros parem de gastar tempo perguntando como está cada coisa, diminuindo a necessidade de reuniões e retrabalhos. O aplicativo já foi usado por 50 empresas e em cerca de 600 obras. "A demora para que a informação chegue à pessoa certa leva a erros, coisas que terão de ser quebradas para serem corrigidas", diz Drew Deaulline, sócio da companhia mineira, ao ao jornal.

Em 2017, a MRV Engenharia lançou o espaço Órbi Conecta, em Belo Horizonte, em parceria com a Localiza e o Banco Inter. O escritório compartilhado tem capacidade de receber cerca de 20 startups. Flavio Vidal, gestor-executivo de inovação da construtora, explica que a companhia não tem obrigação de fazer negócios com as startups, mas se beneficia da proximidade com o modo de trabalho aberto à inovação delas. Entre as startups do espaço estão a Alma, que ajuda clientes a contratar profissionais para obras, e a Revex, que tem software para montar escala de revezamento.

Com informações da Folha de São Paulo.