(Foto: Adobe Stock)A recuperação judicial das grandes livrarias está afetando o mercado editorial. Diante disso saem na frente as editoras que conseguem produzir produtos diferenciados e constroem um canal com o cliente final que possibilita a venda de seus volumes diretamente ao leitor. Um e-commerce hoje é uma alternativa para fugir do modelo de consignação utilizado pelas livrarias.
"Hoje, vale mais investir na internet do que contratar alguém para ir atrás das livrarias famosas, como era regra anos atrás", afirmou o consultor Carlo Carrenho, especialista no setor, ao jornal Gazeta do Povo.
Na Ubu Editora cerca de 20% das vendas vêm de seu site. Para cativar o cliente a empresa realiza ações como antecipação de pré-venda para clientes cativos, pagamento facilitado e envio de presentes. "Cerca de 10% dos livros são vendidos no pré-lançamento, por exemplo. Olhamos muito o site para entender o público, de que cidades fazem os pedidos e quais seus temas favoritos. Aí cruzamos essas informações", afirma Florencia Ferrari, sócia da editora que cresceu 35% no segundo semestre do ano passado.
Florencia explica que prezar pela qualidade dos volumes, seja na tradução ou em design diferente, é vital para ganhar espaço no mercado. O alto padrão é mais caro, mas dá para equalizar os custos. Por exemplo, ao publicar A Origem das Espécies, de Charles Darwin, a Ubu gastou R$ 25 mil somente com a tradução. Para cobrir o custo alto a editora lançou três versões do livro: uma edição padrão, ilustrada, a R$ 99; uma limitada, com capa de tecido, vendida a R$ 159; e um volume de colecionador, numerado e com ilustração exclusiva, com preço de R$ 450. "As edições mais caras geram bom caixa e saem rápido. Em três ou quatro meses vendemos tudo. Mas não valem para qualquer título", afirma Florencia.
Bernardo Gurbanov, presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), explica que entender qual livro vale o investimento não é ciência exata. "É uma aposta do editor e sempre há risco. Ele precisa avaliar bem a relevância do material e seu público, porque livro caro é aquele que não se vende", afirma.
Com informações do jornal Gazeta do Povo.
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