clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Fotolia)

Faz parte do dia a dia de muitas empresas ligadas ao escoamento de produção agrícola fazer um plano para otimizar o transporte de cargas de seus clientes se debruçando sobre mapas. São profissionais que não precisam mais contar apenas com conhecimentos, como tempo, trajetos das safras, custos e estado de operação dos modais, adquiridos com o tempo. A Embrapa disponibiliza para todos esses consultores o Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária.

Agora, com dois ou três cliques é possível enxergar as bacias de escoamento de diferentes produtos com informações atualizadas e problemas específicos de cada uma delas, bem como qual alternativa deixará o transporte mais barato. "O bom dessa ferramenta é que ela mostra desde as pequenas cidades, nas quais a soja é plantada, até as diferentes alternativas de escoamento e o melhor custo. Tudo isso revolucionou os projetos de logística", disse Renato Pavan, presidente da consultoria Macrologística, ao jornal O Estado de S. Paulo.

A ferramenta foi desenvolvida com o objetivo de se tornar um instrumento para tomadas de decisão no setor. Para isso, juntou informações de mais de dez fontes oficiais ligadas à infraestrutura viária, portuária e de armazenamento, bem como aos dados de produção agropecuária e comércio exterior. Foram armazenadas informações levantadas por órgãos como a Secretaria dos Portos, o Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (DNIT), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) e o Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), entre outros.

Mapeamento

Na prática, essas informações possibilitam a geração de 500 mil mapas, que juntos abarcam mais de 90% do agronegócio brasileiro. Eles mostram áreas de produção, identificam gargalos e oportunidades de investimento logísticos atuais e futuros, em dez cadeias agropecuárias. "Quando se olha para setores como mineração ou indústria, por exemplo, antes de começar a escavar ou a colocar o primeiro tijolo de uma fábrica, o investidor se preocupa com a logística", afirma Gustavo Spadotti, supervisor do grupo de gestão territorial da Embrapa.

Isso mostra que a ferramenta não vem sendo usada apenas por consultorias voltadas ao agronegócio. Além dos mapas, fazem parte do sistema dezenas de estudos logísticos, com problemas e objetivos a serem superados, feitos pela Embrapa. Nos oito primeiros meses a ferramenta teve quase 70 mil acessos.

Melhorias

Com as informações é possível identificar gargalos do setor, com isso a Embrapa listou soluções logísticas factíveis para 30 obras a serem feitas pelo governo, que resolveriam mais de 80% dos problemas relacionados à área. Entre as obras listadas está a Rodovia do Frango, entre Paraná e Santa Catarina, que precisa de melhorias no asfalto, sinalização e duplicação de alguns trechos. "Nossa meta de longo prazo é permitir a tomada de decisão em tempo real sobre qual a melhor rota logística", diz Spadotti. Uma espécie de Waze do agro, num projeto embrionário.

Com informações do Estadão.

Leia mais notícias sobre o setor em https://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/13/especial/boletins-setoriais/13/especial/boletins-setoriais/13/especial/boletins-setoriais/13/especial/boletins-setoriais/13/especial/boletins-setoriais/13/especial/boletins-setoriais/13/especial/boletins-setoriais/13/.