Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), na Bahia, aponta que a casca do coco-da-bahia pode ser usada na produção de pneus. As fibras vegetais de coco entrariam na formação de materiais compósitos. O professor doutor Celso Carlino Maria Fornari Junior, do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET), iniciou o estudo em 2010 e demonstrou que a cadeia polimérica da celulose da fibra do coco pode formar quimicamente uma ligação estável com as macromoléculas de borracha.

Segundo ele, a importância do negro de fumo (carbono impuro em formato de partículas resultante da combustão ou da queima incompleta de hidrocarbonetos líquidos ou gasosos) na engenharia de materiais é tão significativa que o seu valor é cotado em dólar, atingindo entre US$ 1,05 a 1,50 por quilo do produto. Ele espera que a utilização da fibra de coco para essa aplicação possa valorizar o material de origem vegetal, impactar positivamente na atividade agrícola e abrir oportunidades na manufatura da fibra.

“A fibra vegetal é biodegradável, tem produção ecologicamente correta, contribui para o sequestro de gás carbônico, gera aumento de renda para o setor agrícola e aumenta a resistência mecânica do pneu em mais de 500%”, aponta o autor do estudo. Segundo o pesquisador, o projeto atende às normas brasileiras de proteção e cuidados ambientais e oferece uma nova alternativa tecnológica para o uso sustentável das fibras vegetais.

Com informações dos sites Agravo e Tudo Sobre Plásticos

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