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Uma recém-descoberta pode ser um importante aliado no combate à poluição por plástico em todo o mundo: uma enzima superpoderosa. Segundo os cientistas a substância seria capaz de digerir plástico. A descoberta é uma solução para a reciclagem de polietileno tereftalato (também conhecido como PET), que atualmente demora centenas de anos para se decompor.

Durante o estudo - conduzido por equipes da Universidade de Portsmouth e do Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL) do Departamento de Energia dos EUA, com os resultados sendo publicados na Academia Nacional de Ciências (PNAS) - a equipe projetou acidentalmente uma versão mutante que é ainda melhor em degradar o plástico do que aquela que evoluiu na natureza. Os pesquisadores agora estão trabalhando para melhorar ainda mais a eficácia da enzima, de modo que ela possa ser aplicada a usos industriais, onde possa quebrar o plástico em uma fração do tempo.

 "Todos nós podemos desempenhar um papel significativo ao lidar com o problema do plástico, mas a comunidade científica que criou esses 'materiais maravilhosos' deve agora usar toda a tecnologia à sua disposição para desenvolver soluções reais", afirmou McGeehan, diretor do Instituto de Ciências Biológicas e Biomédicas da Faculdade de Ciências Biológicas de Portsmouth.

Evolução enzimática

A versão mutante foi desenvolvida usando como base o exame da estrutura de uma enzima que havia evoluído na natureza, descoberta no Japão. O objetivo era entender como a enzima evoluiu e ver se seria possível melhorá-la. Durante o estudo, no entanto, a equipe acidentalmente projetou uma enzima que era ainda melhor em degradar o plástico PET.

"A sorte muitas vezes desempenha um papel significativo na pesquisa científica fundamental, e nossa descoberta aqui não é exceção. Embora a melhora seja modesta, essa descoberta inesperada sugere que há espaço para melhorar ainda mais essas enzimas, aproximando-nos de uma solução de reciclagem para a montanha cada vez maior de plásticos descartados", disse McGeehan.

Plásticos descartados

A equipe pode, agora, aplicar as ferramentas de engenharia de proteínas e evolução para continuar melhorando a enzima. A pesquisa revelou que a substância pode também degradar o furanicarboxilato de olietileno, ou PEF, um substituto de base biológica para plásticos PET que está sendo saudado como opção para garrafas de cerveja de vidro.

"O processo de engenharia é praticamente o mesmo das enzimas usadas atualmente em detergentes biológicos e na fabricação de biocombustíveis. Há a possibilidade de que nos próximos anos veremos um processo industrialmente viável para transformar o PET e potencialmente outros substratos, como o PEF, o PLA e o PBS, em blocos de construção originais, para que possam ser reciclados de forma sustentável ", acredita McGeehan.

Com informações da National Geographic.

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