(Foto: Fotolia)Avanços na Biotecnologia e na Engenharia Genética abriram caminho para o desenvolvimento de diversas terapias, e algumas dessas soluções revolucionaram diversos tratamentos. Não faz muito tempo, por exemplo, que diabéticos tinham que usar insulina derivada de animais para sobreviver e vítimas de certos tipos de câncer tinham uma morte dolorosa e sobrevida reduzida.
Espécie de "genéricos" dos medicamentos biológicos - os biossimilares, que são fármaco similar ao biológico originador, produzido por tecnologia de DNA recombinante em células animais - têm o potencial de revolucionar o mercado dessas drogas usadas contra diabetes e câncer, por exemplo. Isso também aconteceu com os genéricos, que são alvos de investimentos de gigantes da indústria farmacêutica. E não é para menos. Usados do controle do diabetes ao tratamento do câncer, os biológicos estão entre as drogas mais caras do planeta, com um mercado que passou de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 820 bilhões) em 2016, o que corresponde a 25% da receita total do setor farmacêutico. A perspectiva é que esses valores cheguem a casa dos US$ 400 bilhões (mais de R$ 1,6 trilhão) em 2025.
"São medicamentos extremamente exitosos, que curam ou tratam coisas que antes não podíamos tratar", resumiu Gilberto Castañeda, professor do Departamento de Farmacologia do Centro de Pesquisas e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional do México (Cinvestav), para a Agência O Globo. "A inovação precisa de estímulo, e por isso as patentes são muito importantes. Mas depois, se os medicamentos se mostram eficientes e seguros, queremos beneficiar o maior número de pacientes possível. E é aí que entra a competição com os biossimilares", completa.
Segundo especialistas, desenvolver um biossimilar é quase tão difícil quanto criar um remédio biológico novo. O desafio começa pelo próprio tamanho e complexidade dessas moléculas, muito maiores do que a dos medicamentos convencionais. Além disso, por serem em geral proteínas que atuam como hormônios, enzimas ou anticorpos no organismo, eles têm processos de produção extremamente complicados, envolvendo verdadeiras "fábricas vivas" de bactérias ou células geneticamente modificadas e cultivadas em chamados "biorreatores".
Com informações da Agência O Globo.
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