Biotecnologia é um desafio para empresas farmacêuticas - Fiep - Boletins Setoriais - Químico, farmacêutico e cosmético

(Foto: Fotolia)

O Brasil hoje se apoia no modelo de genéricos, e a falta de investimentos de laboratórios no segmento já está ameaçando a atividade no país. Segundo estudo realizado pela consultoria Boston Consulting Group (BCG), nos últimos 15 anos, os laboratórios nacionais cresceram copiando produtos sintéticos que perderam patente.

"Globalmente, as inovações estão ocorrendo no setor da biotecnologia. Isso ameaça a fórmula de sucesso recente da nossa indústria, pois mesmo quando as patentes perdem proteção, os laboratórios nacionais não têm competência para copiar. Mas agora está ocorrendo uma saturação desse mercado, com cada fórmula tendo vários competidores", aponta o sócio do Boston Consulting Group (BCG), Douglas Woods, em entrevista ao DCI Online.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenérico) em 2017 ocorreu um crescimento de 11,78% no volume de unidades vendidas. Esse avanço, mesmo em um período de crise econômica, fez com que os laboratórios continuassem a seguir esse modelo, consequentemente, não investindo em biotecnologia.

Para Woods a solução para o problema é as empresas, além de formarem laboratórios nacionais com apoio do governo, entrarem no mercado de biossimilares. "As empresas nacionais começaram a explorar esse campo. Mas ainda é muito incipiente. Um movimento único em nível nacional seria mais adequado", conclui.