clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Adobe Stock)

Diariamente temos contato com vários produtos cosméticos, como sabonete, desodorante, loção hidratante - e a lista aumenta para quem é fã de maquiagem. Porém a fórmula dos cosméticos e produtos de higiene pessoal vem mudando com o tempo. Muitos dos ingredientes que eram usados livremente no passado hoje são proibidos. Isso aconteceu, principalmente, porque ao longo do tempo foi se descobrindo que alguns fazem mal à saúde ou causam alergias e irritações, aumentando os itens da lista de substâncias consideradas nocivas.

A União Europeia tem uma lista com mais de 1,3 mil substâncias proibidas que é atualizada de acordo com as últimas análises sobre segurança de ingredientes. Aqui no Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também organizou um ranking de substâncias controladas, baseado na legislação europeia, mas nem sempre ele incorpora os últimos avanços imediatamente. E ainda acontece de parte da indústria não respeitar as regras determinadas pelo órgão, apesar de poder ser responsabilizada por isso.

Os formaldeídos são exemplos de substâncias classificadas como controladas. A Anvisa tem uma regulamentação rígida que permite seu uso apenas como conservantes, em uma concentração máxima de 0,2% de formol na composição dos cosméticos, inclusive aqueles usados como alisadores. O produto também é permitido para endurecedores de unhas, na concentração de 5%.

Porém, na prática, isso não impede que muitos fabricantes desrespeitem a legislação e coloquem no mercado produtos com concentração maior do que a permitida. Em concentrações bem maiores do que a permitida, os formaldeídos promovem alisamento do cabelo. O problema é que também tem outro efeito danoso: é considerado cancerígeno pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer). Por isso é importante a indústria de cosméticos além de realizar testes e estar dentro da legislação, conscientizar o consumidor final dos males que o formaldeído em excesso pode causar.

Além da indústria

Um levantamento realizado pela Anvisa em 21 estados do Brasil e também no Distrito Federal constatou que o formol tem sido usado de maneira irregular em procedimentos para alisamento capilar.

Segundo a instituição, 35% dos fiscais participantes da pesquisa já constataram a irregularidade durante vistorias nos salões de beleza de seus municípios, e que 61,6% dos fiscais já suspeitaram que produtos utilizados nos salões continham teor de formol superior ao permitido pela lei.

O Brasil possui hoje quase 600 mil estabelecimentos e isso, segundo a Anvisa, dificulta a aplicação de medidas educativas contrárias ao uso excessivo do formol nas fórmulas. Atualmente, a medida mais utilizada é a orientação verbal no momento da inspeção. Entretanto, a Agência ressalta que é importante a diversificação dessa abordagem por meio da utilização de outras práticas de intervenção para obter melhores resultados.

Com informações do jornal Gazeta do Povo e BBC.

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