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O preço do paládio, metal raro, vem subindo há um ano, mas no fim de 2018 chegou a superar o valor do ouro pela primeira vez em 16 anos, atingindo o recorde de US$ 1.253,30 (cerca de R$ 4.850,00) por onça (cerca de 31 gramas), ultrapassando o ouro em cerca de US$ 10. Porém, há apenas dois anos a mesma quantidade de paládio era cotada a US$ 681. Os dados são da London Metal Exchange (LME).

Uma das principais causas para esse aumento está na polêmica desencadeada na indústria automotiva pelo uso de carros com motor a diesel. Em 2015 a informação de que montadoras estavam utilizando um software em milhões de veículos para conseguir burlar controles ambientais fez com que a imagem dos carros a diesel fosse seriamente arranhada e os consumidores começaram a desconfiar desses produtos, principalmente na Europa.

Isso refletiu nas vendas. Desde o 2017, o número de carros à gasolina vendidos na Europa superou a de veículos a diesel, segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA, na sigla em inglês). Consequentemente cresceu a utilização do paládio, que é um elemento essencial para a fabricação de catalisadores que são colocados nos sistemas de escapamento de veículos à gasolina.

Junto a isso também ocorreu um aumento na compra de carros na China e na Índia, onde são vendidos mais veículos à gasolina. "Mas a oferta, estimada em um milhão de onças por ano, praticamente não mudou nos últimos quatro anos", afirmou o analista do setor metalúrgico do ICBC Standard Bank, Marcus Garvey, à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

Ao contrário do que acontece com outros metais, como o cobalto, cujo preço aumentou muito porque alguns investidores o armazenaram para especular, Garvey acredita que os altos preços do paládio são "justificados", já que a maioria dos produtores não respondeu ao aumento da demanda. Segundo o analista, apesar do alto custo, o atual maquinário da indústria automotiva não suporta outros materiais além do paládio.

Produção

O paládio costuma ser extraído como um subproduto da platina na África do Sul e do níquel na Rússia, onde são encontrados os principais depósitos desse metal precioso. "O preço da platina tem se mantido estável, por isso não compensa aumentar sua extração para obter mais paládio. Na Rússia, tampouco há previsão para produzir mais", afirmou Garvey. O especialista acredita que não haverá novas minas de paládio até dentro de dois ou três anos, mas que a demanda continuará.

Com informações da BBC Brasil.

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