clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação FFCLRP)
Os pesquisadores da USP, em Ribeirão Preto (SP), desenvolveram filmes plásticos 100% biodegradáveis a partir de matrizes de amido presentes em resíduos agroindustriais de cúrcuma, babaçu e urucum. O produto também contém ativos antioxidantes que, segundo a pesquisadora Bianca Chieregato Maniglia, pode ser interessante no desenvolvimento de “embalagens ativas”. O experimento resultou em filmes plásticos eficientes na conservação de hortifrútis.

Ainda é necessário mais pesquisa e testes para os 100% biodegradáveis chegarem ao mercado. Apesar de não substituir o tipo comum, pode ser aplicado a diversos produtos, como já ocorre nas misturas de matérias-primas renováveis com polímeros não renováveis, formando as chamadas “blendas”.

O plástico comum, que é produzido com derivado do petróleo, leva até 500 anos para desaparecer. Já o plástico biodegradável desenvolvido na USP é feito de material biológico, e por isso é atacado, na natureza, por outros agentes biológicos – bactérias, fungos e algas – e se transforma em água, CO2 e matéria orgânica. Ele se degrada em no máximo 120 dias.

Atualmente, existem no mercado outros tipos de plástico biodegradável feitos a partir de fontes renováveis – milho, mandioca, beterraba e cana-de-açúcar. Porém, essas fontes servem como matérias-primas para produzir um composto (ácido láctico) do qual se pode sintetizar o polímero (PLA – ácido polilático). Esse material, no entanto, apresenta estrutura mais complexa e só se biodegrada corretamente em usinas de compostagem, onde há condições adequadas de luz, umidade e temperatura, além da quantidade correta de microrganismos. Já o chamado “plástico verde”, feito de cana-de-açúcar, não é biodegradável e leva o mesmo tempo de decomposição do plástico comum.

Com informações do Jornal da USP.