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O presidente do Sindibebidas-PR, Nilo Cini Júnior, considera que os resultados de 2014 ficaram aquém das expectativas dos industriais. Para que 2015 possa ser um ano mais satisfatório, o presidente convoca os empresários a se unirem, fortalecendo o sindicato e as instituições em busca da redução de impostos, investimentos em infraestrutura e aumento de incentivos para garantir a competitividade da indústria e do setor de bebidas.
Confira a seguir a entrevista com o industrial:
Boletim da Indústria - Como o senhor avalia o ano de 2014 para o setor de bebidas?
Nilo Cini Júnior - O ano de 2014 foi muito fora do padrão. Tivemos um início de ano bom, com a ajuda do clima, mas, no decorrer do ano, as vendas foram caindo. Os motivos da queda do consumo no setor são os mesmos enfrentados por outros setores industriais, agravados pela falta de atenção por parte do governo em geral.
Quais as perspectivas para o setor em 2015?
Não são as melhores. Continuamos com o volume de consumo abaixo das expectativas, o que exigirá um grande esforço por parte do empresariado. Vamos iniciar o ano com elevação do custo de industrialização, face a aumentos de energia, do dólar e matéria-prima. Além disto, estamos tendo constantes aumentos da carga tributária e mudanças na forma de tributação, o que sempre leva a uma redução da venda junto ao comércio, que tende a não aceitar estes aumentos, mesmo que sejam em função da ampliação dos impostos.
Em sua opinião, quais são as mudanças necessárias para favorecer o setor?
As mudanças seriam praticamente a que todos os setores demandam. Entre elas: investimento em infraestrutura e a revisão da política ligada à indústria petroquímica, que hoje tem concentrada em poucas empresas o fornecimento de matéria-prima para confecção de embalagens. Além disto, é necessária a revisão da política tributária e equalização tarifaria entre os estados, que têm alíquotas diferentes para produtos da mesma linha, e incentivos para novos projetos e investimentos que assegurarem a competitividade da indústria.
Quais as ações que os empresários podem tomar para auxiliar a melhorar o ambiente econômico?
O empresariado deve se unir e criar uma agenda de ações voltadas ao crescimento, modernização e solução dos problemas comuns que afetam diretamente o setor.
Quais ações do sindicato em 2014 o senhor gostaria de destacar?
Destacamos a atuação sindical relacionada à logística reversa, luta pela redução de carga tributária para os segmentos de água, vinho, aguardente e refrigerantes e constante busca de incentivos ao setor.