Sindivest Parana
Nova Capa

Janeiro / Fevereiro 2016

PRINT SP
Estúdios de design de estampas se unem para criar primeiro evento do gênero no País.

A efervescência criativa dos estúdios de estamparia brasileiros aumenta a olhos vistos, e isso é mais uma prova da força da nova geração de profissionais que vem ganhando o mundo.
Participantes de grandes salões nacionais e internacionais, alguns desses estúdios sentiram-se órfãos após o anuncio do cancelamento da edição América Latina do salão Première Vision SP, que aconteceria no inicio de novembro ultimo, mas decidiram unir-se para mostrar seus mais novos trabalhos ao mercado, originando, assim, o 1° Evento Nacional de Estamparia – Print SP, realizado entre os dias 12 e 13 de Novembro na Escola São Paulo, na capital paulista.

clique para ampliarclique para ampliarÃdriana Boulos (Foto: Divulgação)

A iniciativa partiu do Coletivo Estampa, uma plataforma online de oferta de estampas exclusivas desenvolvidas por designers do mundo todo, voltadas à indústria têxtil, de moda e decoração, coordenada por Carolina Lens, do Niu Studio. Na verdade, em setembro de 2015 o Coletivo Estampa havia realizado no Rio de Janeiro, onde está sua base, um encontro de agências criativas, o Print RJ, e, como obteve um bom resultado, resolveu estender essa ideia a outros estúdios logo que soube do cancelamento do salão em São Paulo. O intuito era não deixar se perder esse contato entre os estúdios de design de estamparia e o mercado – confecções, marcas de moda, tecelagens, estamparias, entre muitos outros profissionais. Para tanto, o coletivo, além de sua própria participação, fez uma curadoria e selecionou os estúdios Caju Collective, Ealaiá, Estúdio Capim e Adriana Boulos para estarem presentes na iniciativa.

clique para ampliarclique para ampliarCaju Collective (Foto: Divulgação)

 “Neste evento de São Paulo, o resultado foi muito bom, especialmente por contatos diferentes que fizemos. Surpreendentemente, vendemos mais do que esperávamos, Achávamos que seria uma ação meramente prospectiva, mas terminamos fechando muitas vendas. Muita gente veio de Campinas e do interior de São Paulo, especialmente porque os estúdios selecionados já estão no mercado há algum tempo. Foi um míni Première Vision SP, pois a curadoria fez a diferença na decisão da compra. A tabela de valores foi outro ponto positivo, pois a curadoria fez a diferença na decisão da compra. A tabela de valores foi outro ponto positivo, pois permitiu que as estampas tivessem o mesmo valor, sem disparidade de preços” conta Carolina Lenz.
 “Quando soubemos que teríamos essa lacuna em São Paulo, partimos para a ação”, afirma

clique para ampliarclique para ampliarColetivo Estampa (Foto: Divulgação)

Bruno Hansen, diretor do Elaiá Estúdio, de Santa Catarina. Ele conta que, nos encontros informais que teve nas edições de Paris e Nova York do Première Vision das quais participou, percebeu que os estúdios brasileiros podiam crescer, e muito, quando se uniam para mostrar suas criações ao mercado. “Uma das minhas maiores motivações no Elaia é a “não concorrência que existe”. Claro que isso é uma visão muito particular, mas acredito que não há muito espaço dentro desse mercado de consumo de design da indústria para comprar desse ou daquele. Há, sim, uma oportunidade de todos estarem presentes em todas as coleções. Há uma democracia muito grande, o design gera essa

clique para ampliarclique para ampliarElaiá (Foto: Divulgação)

democracia, em que o produto fala mais alto e o relacionamento é o porquê da compra. Acredito que todos fazemos parte de um grande leque de opções ao mercado, cada um com seu estilo especifico, ora um sendo mais assertivo para a necessidade deste, outrora outro sendo mais assertivo para aquele”, diz Bruno.
Ele conta que, até bem pouco tampo atrás, a aquisição de desenhos fora do país gerava uma percepção de “estar comprando o melhor”, mas hoje é sabido que temos a mesma qualidade dos nomes internacionais. “A motivação para estar

clique para ampliarclique para ampliarEstúdio Capim (Foto: Divulgação)

na Print SP foi essa: acredito no movimento das empresas brasileiras”, afirma.
Como resultado, Bruno considera que a participação foi bastante positiva. “Tivemos trocas interessantes com prospects e com outras empresas, e pudemos também conversar com profissionais que admiramos e não compareceram aos eventos internacionais”. Nada melhor do que mostrar o que fizemos pela moda brasileira em casa, não é? Avalia ele.
Alexandra Ward, do Estúdio Capim, conta que se formou em Londres e seu processo é mais autoral, sem amarras e tendências. Há sete anos no mercado, desenvolve estampas para clientes no Brasil, Nova York, Inglaterra, Alemanha e China. Para o verão 2017, Alexandra conta que há uma maior procura por desenhos mais simples, como os grafismos trabalhados em sua coleção Brasília, feita em homenagem à arquitetura, fauna e flora da capital do país.
Já Ana Paula Nascimento, da Textrend, que representa o Caju Collective, além de outros estúdios no exterior – três em Londres, dois em Milão e um em Nova York - , conta que, uma vez ao mês, recebe novas estampas de todos esses estúdios, e um de seus diferenciais é o desenvolvimento das próprias bases. Outro é a forma de apresentar o produto, pois não há catalogo online: o cliente pode ir até o showroom ou solicitar que um representante de São Paulo, Rio de Janeiro ou Paraná leve o material até ele.
Pelos resultados, o futuro do evento é evoluir. Entre os dias 27 e 28 de Janeiro, haverá mais uma edição da Print Rj, dessa vez com a participação de sete estúdios, e acontecerá no espaço do Estúdio 512, no bairro Jardim Botânico, Rio de Janeiro (RJ). O passo seguinte é fazer um roteiro pelo país (que será definido no início de 2016), passando por Belo Horizonte e outras cidades.

.Gustavo Henrique Domingos das Nves, da UEL, vencendor da 15° Edição do Concurso

PARANÁ CRIANDO MODA
Concurso de talentos da moda Paranaense chega à 15° edição

 

O concurso Paraná Criando Moda chegou ao seu 15° ano e sua final foi coroada no dia 26 de Novembro, no Moinho Buffet Vermelho, em Maringá (PR), um dos grandes celeiros da indústria de moda brasileira. Criado por iniciativa do Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest), o concurso tem como princípios o reconhecimento da criatividade de moda da região, lançando e inserindo novos nomes no mercado.
O tema do ano foi “A Dança Urbana – Theatrum Mundi”, tendo a inovação como palavra-chave e com a proposta de aliar e estética ao conforto e à praticidade para as atividades cotidianas da “dança” da vida urbana, na qual estamos inseridos 24 horas por dia, como explica Rosangela Correa gerente do Sindvest Maringá e membra da comissão organizadora do concurso.

clique para ampliarclique para ampliarJúri artístico, formado por Anderson pisanelli, Ivone Nani, Rodrigo Zanini, Silvia Boriello e Ed Benini. (Foto: Divulgação)

Para chegar aos 12 finalistas em meio a centenas de projetos inscritos de instituições de ensino da região, foram levados em conta, primeiramente, os que obedeciam criteriosamente os regulamentos do concurso. Numa segunda etapa, os trabalhos foram analisados por uma equipe técnica de jurados formada pela especialista de modelagem e criadora do método Rittai Saidan Cristina Odan; o analista de negócios e especialista em modelagem do SENAI Maringá Adilson Jenck; a modelista Ver Zaninelli; o estilista Julio Saito; e a consultora e designer Marinez Dantas. Por fim, no desfile do dia 26, foram avaliados a adequação ao tema, a criatividade e a qualidade da apresentação, por um júri artístico composto por Anderson Pisanelli, técnico em vestuário formado em design estratégico em Milão; Ivone Nani, diretora da marca Emma Fiorezi; Ed Benini. Stylist e produtor de moda e desfile; Rodrigo Zanini, auxiliar de estilo na área de criação da Morena Rosa Beach; e Silvia Boriello, editora da Revista Costura Perfeita, a convite do presidente do Sindivest Maringá, Carlos Alexandre Ferraz.
Cada finalista participou com dois looks: um conceitual e outro na versão comercial. Além de uma incrível experiência profissional, os vencedores ganharam também um troféu e premio em dinheiro: R$ 10 mil para o primeiro lugar, R$ 5 mil para o segundo lugar e R$ 3 mil para o terceiro colocado.
O primeiro lugar da edição foi para Gustavo Henrique Domingos das Neves, estudante do quarto ano de design de moda da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que, inspirado nas grandes vias de tráfego e lugares de passagem, criou peças misturando tecidos leves e lâminas de chapa de metal, como aquelas usadas nos assoalhos de ônibus. Mesmo assim, Gustavo conseguiu uma grande proeza: a de dar graça e leveza a um material tão hostil para costurar, deixando estilo, modelagem e caimento impecáveis. Prêmio merecido!

clique para ampliarclique para ampliarOs finalistas Juliana Caldeira da Silva Serrato (3°); Gustavo Henrique Domingos das Neves (1°); Andrei Rufino de Lira (2°); (Foto: Divulgação)

O segundo lugar ficou com Andrei Rufino de Lira, aluno do terceiro ano de graduação em desenho industrial com foco em design de moda da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR Curitiba); e o terceiro foi para Juliana Caldeira da Silva Serrato, aluna do primeiro ano de graduação de design de moda da Universidade Positivo (Curitiba).
A 15° edição do Paraná Criando Moda teve patrocínio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e do SENAI Maringá.

 

LUCRO PRESUMIDO, REAL OU SIMPLES NACIONAL??
Decisões que podem mudar o rumo da sua empresa em 2016

O ano de 2016 está apenas começando. Apesar de ser comum ouvirmos que no Brasil o ano só começa após o Carnaval, para os empresários não é bem assim que funciona. O mês de Janeiro é de extrema importância para o cenário competitivo do ano inteiro. Uma decisão equivocada pode trazer diversos problemas para a empresa.
Antes de tudo, é importante fazer uma projeção de vendas e despesas para o ano inteiro para não ser pego de surpresa. Cada empresa terá uma perspectiva diferente.
Com o planejamento financeiro em mãos, o empresário estará mais preparado para tomar as decisões que impactarão principalmente, na tributação da empresa durante o ano.
Primeiramente, a empresa deverá optar pela forma de tributação. Empresas ME ou EPP poderão optar pelo simples Nacional. As outras opções de tributação são o Lucro Presumido e o Lucro Real.
Optando pelo Simples Nacional, a empresa recolherá os impostos contribuições mensalmente de forma simplificada e de acordo com o faturamento bruto. Na categoria de indústria, a alíquota varia de 4,5% e 12,11%, de acordo com o faturamento anual da empresa. No comércio, a alíquota varia de 4% a 11,61%. Os impostos e contribuições que abrangem o Simples Nacional são IR, CSLL, Cofins, PIS, Contribuição Previdenciária Patronal (CPP), ICMS e IPI.
Optando pelo Lucro Presumido, o processo de tributação da empresa será um pouco mais burocrático, requerendo controles internos. Nas confecções, o IR para faturamento de até R$ 3 milhões anuais correspondente a 1,2% do faturamento. Para valores acima de R$ 3 milhões, o IR será progressivo, devido à parcela adicional. A CSLL corresponde a 1,08% do faturamento, o Cofins a 3%, o PIS a 0,65% e o CPP a 2,5% do faturamento, ou 20% da folha de pagamento. O IPI do setor é 0%. O ICMS varia de acordo com a operação e deverá ser calculado separadamente tanto no Lucro Presumido quanto no Lucro Real.
Optando pelo Lucro Real, a tributação ficará ainda mais complexa. O PIS e o Cofins são calculados pelo regime não cumulativo (1,65% e 7,6%, respectivamente), podendo-se descontar os créditos adquiridos pela empresa para chegar à base de cálculo. No caso da apuração do IR e da CSLL, a empresa deve fazer algumas exclusões e adições para chegar à base de cálculo. As alíquotas são de 15% mais o adicional de 10% para o IR, e 9% para a CSLL. Essa modalidade é a que exige maior controle, além de ser mais fiscalizada.
Com a “reoneração” da folha de pagamento a partir de dezembro de 2015, a empresas optantes pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real precisam tomar outra decisão importantíssima em janeiro de 2016. Caso a folha de pagamento da empresa corresponda a mais do que 12,5% do faturamento bruto mensal, a empresa deverá optar pela CPP com base no faturamento mensal, aplicando-se a alíquota de 2,5%, conforme a “reoneração”. A forma de recolhimento da CPP utilizada em janeiro não poderá ser alterada ate dezembro de 2016. Portanto, o planejamento financeiro anual será de extrema importância para essa tomada de decisão.Entre as MEs e EPPs, o Simples Nacional acaba sendo a opção mais escolhidas, mas é preciso ficar atento para não perder dinheiro com essa opção. A melhor opção de tributação dependerá das particularidades de cada empresa. Para que o empresário tome a melhor decisão, será muito importante estreitar as relações com o contador neste começo de ano.

Lembre-se, 2016 está apenas começando! Não custa nada começar com o pé direito.

RICARDO MARTORELLI é bacharel pela fundação escola de comércio Álvares Penteado (FECAP) em administração de empresa em ênfase em finanças e em ciências contábeis e sócio/consultor da Hopen consultoria e assessoria.
ricardo@hopen.com.br

 MIL E UMA UTILIDADES

clique para ampliarclique para ampliarLa Rucci (Foto: Divulgação)

Já imaginou comprar um único artigo de roupa, mas ter a possibilidade de vê-lo se transformar em até dez peças diferentes? Foi pensando nisso que Grabriela Rutigliano criou a La Rucci, marca de vestidos mutáveis. “ A ideia surgiu quando estava na faculdade. Passei os quatros anos pensando como poderia mostrar a moda do Rio Grande do Sul para o restante do país. Pensando no ponto forte do estado, que é o couro, acabei desenvolvendo esse tipo de roupa, que pode ser usada em diversas temperaturas, de norte a sul, e em diversas ocasiões, sem perder a beleza e a elegância. Um estilo de roupa que se adapta para qualquer viagem e qualquer ambiente, do mais formal ao mais informal”, explica Gabriela. A marca La Rucci tem como conceito valorizar a mulher clássica e moderna por meio do vestuário prático. Com as roupas mutáveis, é possível criar looks mais básicos ou mesmo mais sofisticados, basta destacar.

BRASIL GANHA SUA PRIMEIRA “ROUPATECA”

clique para ampliarclique para ampliarRoupateca (Foto: Divulgação)

Um projeto inovador que empresta peças de grife por uma assinatura mensal acaba de chegar a São Paulo. Com o nome de House of Bubbles, o serviço permite que o cliente tenha acesso a peças de grife escolhidas a dedo a partir do guarda-roupa de embaixadores convidados para compro a primeira fase do acervo. “Não é exagerado fizer que estamos construindo o guarda-roupa compartilhado mais desejado de São Paulo” conta Wolf Menke, idealizador. A assinatura, que custará R$ 100, R$ 200 ou R$ 300 por mês, dá direito ao aluguel de uma, três ou seis peças por vez, entre roupas, acessórios, bolsa e sapatos. Está localizada na Rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 61, em Pinheiros.

FILME NACIONAL RETRATA VAQUEIRO QUE SONHA SER ESTILISTA

clique para ampliarclique para ampliarFilme Boi Neon (Foto: Divulgação)

O filme Boi Neon, novo longa do diretor brasileiro Gabriel Mascaro, traz para a telona uma temática bastante original: o sonho de um vaqueiro de virar estilista. Protagonizado por Juliano Cazarré, Iremas é um vaqueiro que trabalha nos bastidores da vaquejada. Ele literalmente limpa o rabo dos bois durante o dia, mas passa a maior parte do tempo pensando em croquis ou costurando roupas e figurinos. O desenvolvimento do polo de confecção do Agreste, que inclui cidades como Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, só aumenta as ambições do vaqueiro. O sonho de Iremas é ser estilista, mas para isso ele terá que enfrentar muitos desafios. O filme mostra as transformações recentes dessa região e quebra o estereótipo de um Nordeste primitivo. O longa já é um sucesso. Sua estreia foi no mês de setembro no Festival de Veneza, onde recebeu o Grande Prêmio do Júri da Mostra Horizontes. Além desse, ganhou também outros prêmios nos festivais de cinema do Canada. No elenco, além de Cazarré, estão Vinicius de Oliveira e o vaqueiro Carlos Pessoa. “Boi Neon lança uma nova luz sobre as transformações recentes no país, a partir de um recorte narrativo que se apropria da vida de um grupo de vaqueiros que vive na estrada transportando boi para as festas da vaquejada, um dos maiores eventos de agrobusiness do Brasil. Pesquisei as contradições do consumo e as noções de identidade dos brasileiros”, ressalta Mascaro, diretor do filme. Para quem é apaixonado pela indústria da moda e deseja ampliar o conhecimento sobre a cultura do nosso país, é uma boa perdida.

FONTE: Costura Perfeita
              N° 89 - Janeiro / Fevereiro 2016

**Informamos que foram publicadas algumas noticias da edição n° 89. Caso deseje ter acesso a todo o conteúdo da revista acesse: http://www.costuraperfeita.com.br/edicao-atual-revista-costura-perfeita-ano-xvii-n88-novembrodezembro-2015/

 

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