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Políticas públicas e aproximação entre a academia e a indústria são fatores de desenvolvimento no setor de biotecnologia

Publicado em 22/10/2013

Investimentos em biotecnologia são propostos pela Confederação Nacional da Indústria e estudo da área indica necessidade de uma relação mais estreita entre a academia e a indústria

No 3º encontro do Ciclo de Debates de Biotecnologia, evento organizado pela ABDI, com o tema “Bionegócios no Brasil: Sondagem de Inovação”, foi apresentado o estudo “ Biotecnologia no Brasil” , desenvolvido pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a pedido da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), indica a necessidade de uma maior aproximação entre os centros de produtores de conhecimento, os ICTs, e o setor empresarial.  A intenção é aumentar a competitividade e o avanço da inovação tecnológica da indústria biotecnológica nacional.

O objetivo da pesquisa, coordenada pela professora do Cedeplar Heloisa Shor, foi aprimorar o entendimento sobre as oportunidades tecnológicas e de negócios, e conhecer os principais obstáculos enfrentados pelas empresas da cadeia produtiva biotecnologia do Brasil em áreas como recursos humanos e financeiros, propriedade intelectual (patentes), regulamentação, pesquisa, desenvolvimento, comercialização e atuação no mercado entre outras.

clique para ampliar>clique
            para ampliar3º encontro do Ciclo de Debates de Biotecnologia reuniu as empresas, o meio acadêmico e o governo (Foto: Eduardo Cunha)

Como exemplo, a professora destacou que para o melhor desenvolvimento da indústria de biofármacos é necessário a adoção de políticas públicas que viabilizem os processos de transferência de tecnologia e fortaleçam a interação universidade-empresa, em sinergia com a Lei de Inovação Tecnológica para a formação das parcerias estratégicas entre ICTs e empresas, transformando conhecimento gerado em inovação. Além disso, acrescentou que há necessidade de mais investimento na formação e treinamento de recursos humanos qualificados em gestão da propriedade intelectual, necessários para realizar a proteção e transferência de tecnologia de forma estratégica.

 Também estava presente no Ciclo de Debates, o presidente do laboratório Cristália, Ogari Pacheco, que concordou com os resultados do estudo quanto à necessidade de qualificação profissional, afirmando que hoje a densidade de conhecimento científico para a produção de biotecnologia no país é baixa, reduzida e concentrada, existindo a necessidade de investir, principalmente em formação de mão de obra qualificada.

Recursos humanos é um dos fatores críticos de sucesso de duas das visões de futuro do roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal , que possuem ações estruturantes que visam, entre outros aspectos, a formação de recursos humanos especializados, criação de cursos em biotecnologia e internacionalização de profissionais da área.Esta rota estratégica é inspiração para o projeto de Articulação das Rotas Estratégicas para a Indústria Paranaense, uma prática do Sistema Fiep desde 2009,realizada através dos Observatórios Sesi/Senai/IEL, que prioriza o setor de  biotecnologia agrícola e florestal como estratégico para a indústria paranaense.

O ciclo de Debates em Biotecnologia teve como um dos objetivos reunir as empresas, o meio acadêmico e o governo. O secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Nelson Fujimoto, considera que o momento atual apresenta uma janela de oportunidades para o setor industrial. “Conseguimos articular os interesses da indústria farmacêutica brasileira, dos principais laboratórios que estão focados nesta oportunidade dos biofármacos. Por outro lado, temos também mercado. As Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) de medicamentos biológicos com a questão do poder de compras públicas. E por fim a disponibilidade de crédito para inovação por meio da Finep e do BNDES”, citou.

Segundo o chefe do departamento da área farmacêutica do (BNDES), Pedro Palmeira, para que os esforços privados tenham os efeitos desejados, necessita-se o apoio de três políticas públicas. A primeira segundo ele é o financiamento lato sensu, um financiamento que parte da estruturação, de uma visão de negócio para onde se caminha com a indústria. A outra questão é referente às compras públicas, exemplificada por Palmeira através da iniciativa do  secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha,  em relação a construção em torno das PDPs, considerada uma garantia do poder de compras para a indústria incipiente de biotecnologia que precisa, pelo menos neste início, do governo para comprar esses produtos biotecnológicos no Brasil. Revelou que o terceiro quesito que deve ser amplamente discutido diz respeito a regulação do setor.

Com o objetivo de consolidar as visões de futuro e acelerar a proposição e execução de projetos com vistas a consolidar as ações propostas no roadmapping da Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal, foram criados grupos de trabalho com diferentes temáticas. Em atendimento à ação proposta por especialistas em 2005, de aproximar empresas e instituições de pesquisa para a realização de projetos de inovação, o grupo de articulação “Rodada Tecnológica Universidade-Empresa”, da Rota Estratégica em Biotecnologia aplicada à indústria agrícola e florestal, realizou em 2012 a 1ª edição da Rodada Biotecnológica Agrícola e Florestal

clique para ampliar>clique para ampliar1ª edição da Rodada Biotecnológica Agrícola e Florestal. (Foto: Observatórios)

Outro aspecto importante para o desenvolvimento da biotecnologia no País são as políticas públicas, considerada também como um fator crítico de sucesso em algumas das visões do roadmapping, uma vez que incentivam e facilitam a concretização do setor.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada dia 10 outubro, em São Paulo, teve uma agenda com propostas para o Brasil aumentar os investimentos em biotecnologia industrial, promoção da saúde humana e do agronegócio. O evento reuniu especialistas, empresários, representantes da indústria e da academia. Entre as propostas estão a modernização do marco regulatório, o aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, a ampliação e modernização da infraestrutura laboratorial, o estímulo ao empreendedorismo e a disseminação da cultura da inovação.

A partir disto, pretende-se amenizar os problemas que os empresários enfrentam para investir na área. Na avaliação do setor, entre os principais fatores que retraem os investimentos estão, a falta de recursos humanos qualificados, leis confusas, infraestrutura básica precária e falta de recursos públicos para pesquisa e desenvolvimento. A constatação resultou de uma pesquisa realizada pela CNI em parceria com a Harvard Business Review Brasil. O levantamento foi apresentado juntamente com a Agenda de Bioeconomia da CNI, revelando ainda que os investimentos brasileiros em biotecnologia ainda são baixos.

A agenda da CNI para bioeconomia está alinhada com o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, que aponta caminhos que a indústria e o Brasil devem percorrer para aumentar produtividade e eficiência, e alcançar um elevado grau de competitividade, respeitando critérios de sustentabilidade.

Fonte:   ABDI

             Portal da Indústria

 

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