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Produtos agropecuários pressionam inflação no atacado

Publicado em 29/06/2018

A âncora verde perde força, e os produtos agropecuários começam a ter um peso forte na inflação. Essa maior participação dos agropecuários nos índices inflacionários ocorre tanto por fatores internos como externos.

Os produtos agrícolas mantiveram deflação no atacado até fevereiro. A partir daquele mês, vários deles foram se revezando nos aumentos mensais, elevando a taxa de inflação.

A taxa acumulada dos produtos agropecuários indicava uma deflação de 10,91% nos últimos 12 meses até fevereiro, segundo dados do IGP-M da FGV. 

A FGV apontou que a inflação dos agrícolas registrou alta de 7,51% no atacado no primeiro semestre.

As principais pressões neste primeiro semestre vieram de cana-de-açúcar, soja, farelo de soja, milho, leite e carne de aves.

À exceção da soja, que teve uma participação mais duradoura na taxa de inflação do ano, os demais produtos tiveram períodos específicos de altas.

Colheita de soja em fazenda de São Paulo - Ricardo Benichio/Folhapress

A pressão da cana-de-açúcar, por exemplo, foi pequena e ocorreu durante a entressafra, no início de ano. Já a soja, apesar da safra recorde brasileira, esteve presente na inflação em vários meses.

Vários fatores puxaram os preços da soja para cima. Um deles foi a opção dos chineses pelo produto brasileiro em ritmo mais acentuado do que nos anos anteriores.

A intensa demanda pelo produto nacional e a alta do dólar, que elevou os preços da oleaginosa em reais, tornaram a soja mais cara no país.

Essa alta foi auxiliada, ainda, pela quebra de safra na Argentina. Os argentinos deveriam colher 58 milhões de toneladas, mas, devido a problemas climáticos, a produção ficou em apenas 36 milhões.

A falta de soja na Argentina, grande fornecedora mundial de farelo de soja, também elevou os preços desse produto. Essencial na ração dos animais, o farelo acabou sendo um custo a mais para os produtores de proteína.

Além do farelo de soja, o milho, também importante na composição da ração, teve alta. Houve uma redução de produção na primeira safra e as estimativas indicam quebra de produtividade na segunda.

O gargalo maior para o setor de proteínas viria, no entanto, com a paralisação dos caminhoneiros. O setor de aves, afetado por barreiras externas, por custos elevados de produção e por redução interna de preços, foi totalmente paralisado no ato dos caminhoneiros.

O resultado é que a pesquisa do IGP-M deste mês indica uma alta de 21% no preço das aves no atacado. Essa correção vai chegar ao bolso dos consumidores.

O leite também esteve presente na lista de inflação no atacado neste semestre. Problemas climáticos, saída de alguns produtores da atividade devido aos elevados custos de produção e consequente captação menor de leite puxaram os preços desse alimento para cima.

O IGP-M termina o primeiro semestre com taxa média de 5,39%, formada pelas variações de preços no atacado, no varejo e no custo de construção.

Esse patamar inflacionário teve uma boa participação dos produtos agropecuários no atacado, que subiram 9,8% no período.

Brasil tem menor estoque privado de café em seis anos
 
Os estoques privados de café estavam em 9,8 milhões de sacas no final de março. Esse volume é 0,4% inferior ao do ano anterior e o menor dos últimos seis anos.

O levantamento é da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que apurou um volume de 8,96 milhões de sacas de café arábica e de 868 mil de café conilon.

Os principais estoques privados de café arábica se encontram em Minas Gerais, estado que detém 7,5 milhões de sacas. Já o Espírito Santo mantém o maior volume de conilon: 868 mil sacas.

As recentes secas nas regiões produtoras de café conilon fizeram os estoques desse tipo de café recuarem de 1,4 milhão de sacas , em 2015, para o patamar atual.

Fonte: Folha UOL

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