A área plantada com transgênicos deve crescer 3,9% na safra 2015/2016. As sementes transgênicas de soja, milho e algodão devem atingir 44,2 milhões de hectares, o equivalente a 90,7% da área cultivada com essas três culturas. Os dados são do primeiro levantamento da adoção de biotecnologia no Brasil, realizado pela consultoria Céleres.

Conforme a consultoria, em 2003/2004, quando começou a fazer o levantamento sobre o uso da tecnologia, a área plantada com transgênicos somava 4,7 milhões de hectares no país. Já nesta safra, a entrada de novos eventos geneticamente modificados "aumenta o leque de opções ao agricultor, alocando as tecnologias de acordo com o seu manejo. A tendência para as três culturas é de que os eventos com genes combinados estejam cada vez mais presentes nas lavouras", considera a entidade em nota.

Segundo eles, o agricultor já poderá contar com eventos geneticamente modificados diferentes ou complementares dos atuais já existentes no mercado, com variações no controle de insetos (maior espectro de pragas desfolhadoras, assim como pragas de solo) e tolerância a outros herbicidas (2,4-D, herbicidas do grupo das imidazolinonas, herbicidas do grupo “fop”, dicamba).

Atualmente, o milho possui 29 tecnologias transgênicas, sendo 16 delas consideradas stack genes ou genes combinados (resistência a insetos e tolerância a herbicidas). A soja só conta com uma tecnologia RI/TH, de um total de seis tecnologias liberadas para semeadura. Vale lembrar que nem todas essas tecnologias estão disponíveis ao agricultor e muitas delas já foram aprovadas há bastante tempo e ainda não estão no campo. Para o algodão, são 12 tecnologias aprovadas para comercialização, quatro delas com genes empilhados.