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RS inicia campanha pioneira de controle biológico das lagartas do milho

Publicado em 26/07/2013

O objetivo é orientar o produtor rural sobre o manejo integrado, utilizando a vespa Trichogramma spp para diminuir a população das pragas. A meta é atender neste primeiro ano 15 mil hectares de milho no Estado.

No dia 25/07, a Emater/RS-Ascar e a Embrapa Milho e Sorgo assinaram Termo de Cooperação Técnica para dar início à Campanha para o Controle Biológico de Lagartas do Milho. Assinaram o Chefe Geral da Embrapa Milho e Sorgo, Antônio Álvaro Purcino, e o Gerente Técnico da Emater/RS-Ascar, Gervásio Paulus.

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            para ampliarLagarta do cartucho (Foto: Divulgação)

O Termo visa a capacitação, planejamento, acompanhamento, coleta de dados, implantação, condução e orientação de técnicos da Emater sobre a Campanha. O final objetivo é orientar o produtor rural sobre o manejo integrado, utilizando a vespa Trichogramma spp para diminuir a população das pragas. A meta é atender neste primeiro ano 15 mil hectares de milho no Estado.

Segundo Purcino, esta técnica é mais eficaz que o uso de defensivos, pois na aplicação do agroquímico, a lagarta muitas vezes está protegida dentro da espiga, ou em outro fruto em outras culturas. Desta forma, o uso demasiado de produtos, sem efeito direto na praga, pode criar resistência e dificultar o controle. “Só aplicando veneno não vai adiantar, tem que haver controle integrado”, enfatiza.

Já o pesquisador da Embrapa, doutor em Entomologia Ivan Cruz, lembra que o uso abusivo de agrotóxicos desequilibra o ecossistema, eliminando muitas vezes o predador natural de algumas pragas. “Na Bahia, por exemplo, só falam do prejuízo econômico que a Helicoverpa armigera provocou, mas ninguém fala do ambiental”, comenta. Para Cruz, o uso da vespa Trichogramma spp é positivo pois diminui a população das lagartas a um nível mínimo e ainda mantém a biodiversidade.

Os técnicos da Emater levarão armadilhas para as lavouras de milho. Este equipamento consiste em uma casinha onde é colocado um feromônio sintético para atrair a mariposa macho e paredes que prendem com cola o inseto. 

Após a identificação da existência de mariposas, é feita a “aplicação” da vespa. O produtor adquire cartelas com ovos da Trichogramma spp próximos da idade adulta. Quando eclode, a vespa é atraída pelo odor dos ovos das lagartas, e coloca seus próprios ovos dentro deles. A larva da vespa come a larva da lagarta dentro do ovo e evita, desta forma, a proliferação da praga.

Segundo o Dr. Ivan Cruz, a Trichogramma spp pode ser usada para qualquer lagarta de qualquer cultura, pois sua ação de eliminar as larvas dentro dos ovos é a mesma. A diferença é na identificação, etapa em que as armadilhas são diferenciadas para cada tipo de mariposa.

“Aplicação aérea”
Cruz lembra ainda que no Rio Grande do Sul as propriedades são pequenas, com cerca de 50 hectares. Isso facilita e possibilita a colocação das cartelas com ovos manualmente. Já em outros estados, como no Mato Grosso, as lavouras são muito maiores. Para estes casos, já estão sendo feitos estudos para viabilizar a disseminação dos ovos da vespa através da aviação agrícola. (Fonte: Emater/RS-Ascar - Agrolink)

Visão de futuro

A Rota Estratégica em Biotecnologia Agrícola e Florestal, desenvolvida pelo Sistema Fiep através dos Observatórios Sesi/Senai/IEL, tem como uma das suas visões de futuro tornar-se "referência em biotecnologia para fitossanitários". Ações como a campanha iniciada no RS mostram que existem tecnologias para viabilizar esta visão de futuro, bem como a importância do desenvolvimento de parcerias entre instituições de pesquisa, setor produtivo e governo para concretização das ações.

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