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Brasil ainda é alvo distante para grandes fabricantes chineses

Publicado em 31/08/2017

Algumas marcas integram plantas em países vizinhos como Uruguai

Fonte: DCI

Dongfeng, SAIC e FAW são alguns dos maiores fabricantes de veículos da China e estão presentes em vários mercados da América Latina. No entanto, nenhum deles tem operações no Brasil. O mesmo em relação à Changan, que chegou a vender comerciais leves por aqui através de um representante local, que não está mais no mercado.

Ao contrário destes gigantes, sócios dos principais fabricantes internacionais no cenário chinês, empresas de menor porte já estão no Brasil há mais de seis anos e alguns deles até estabeleceram linhas de produção no país ou no vizinho Uruguai. Chery, Geely, BYD, JAC e Lifan são as que sobraram após a crise econômica do país e o Inovar-Auto, que afetou especialmente a importação de veículos.

Destas marcas, apenas a Geely está de fato afastada, tendo algumas unidades vendidas ainda este ano. Nas demais, as operações envolvem produção local (muito pouca) ou importação direta da China ou do Uruguai, onde existem linhas de montagem em CKD. Todas emplacaram 3.607 unidades em 2017 e igualmente fazem parte da Abeifa, associação que reúne novas montadoras e importadores.

Pelo caminho ficaram várias marcas desde o fim da década anterior, entre elas MG, CN Auto (com várias marcas chinesas), Effa e outras que tentaram entrar, tais como Changan e Great Wall, por exemplo. Mesmo FAW, Dongfeng e SAIC indiretamente tentaram entrar no mercado nacional, mas sem êxito. Diante da dificuldade na época e principalmente agora, visto que o mercado nacional ainda não se recuperou, esses gigantes da indústria automotiva chinesa usam de cautela para expandir suas operações por aqui.

Apesar de ter produzido 4,26 milhões de veículos em 2016, a presença externa da Dongfeng é tímida, não tendo exportado mais do que 70,8 mil unidades no ano passado. Ou seja, sua produção é quase que completamente doméstica. Ainda assim, a empresa ainda tem interesse no Brasil e há dois anos vem tentando entrar com vans comerciais leves, mas não foi para frente. Atualmente estuda um SUV para vender aqui.

A SAIC, por sua vez, inicialmente chegou na mal-sucedida entrada da MG no país através de um importador local. Após isso, o grupo chinês se manteve distante e age com cautela na região. O Chile é o principal mercado regional para a MG, mas com vendas em mais seis países da América do Sul e Central, ela só emplacou 2.030 unidades em 2017. A meta é vender 10 mil até 2020, mas ainda assim não há planos para fábrica local no momento. Na China, no entanto, ela tem 14 fábricas e fez 6,49 milhões de veículos em 2016.

Já a FAW tentou discretamente vender dois carros compactos no mercado brasileiro, fato revelado pelo NA na época, mas o negócio fracassou. A empresa é um maiores players chineses e sócio da Volkswagen e Toyota, entre outras. A companhia atua através de importadores locais do Uruguai até o México, onde iniciou montagem em CKD. Por enquanto, se desconhece planos para vir ao Brasil em definitivo.

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