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Matrizes socorrem montadoras com US$ 12 bilhões

Publicado em 31/01/2017

Ajuda recorde veio no ano passado, quando indústria automotiva retrocedeu à produção de 2004 e remessa de lucros despencou

Fonte: Estadão

No ano em que a produção de veículos no Brasil retrocedeu aos níveis de 2004 e as vendas foram as menores em uma década, a indústria local recebeu US$ 6,5 bilhões em injeção de capital de suas matrizes, o maior valor desde 2010, segundo dados disponíveis no Banco Central (BC). Somando ao que entrou no País via empréstimos intercompanhias, a ajuda total ao setor foi de US$ 11,8 bilhões.

Do lado oposto, a remessa de lucro das montadoras do País para as sedes globais totalizou US$ 86 milhões, montante que só perde para o de 14 anos atrás, quando foi de US$ 66 milhões. Em períodos de bonança, como em 2008, ano de grave crise nos Estados Unidos, e em 2011, as fabricantes locais mandaram mais de US$ 5 bilhões às matrizes.

O socorro de fora, na visão de analistas e das montadoras, é um sinal de que as matrizes ainda apostam no mercado brasileiro, que já foi o quarto maior do mundo em vendas e atualmente ocupa a oitava posição. “O Brasil continua sendo um mercado importante e as matrizes querem manter sua viabilidade”, diz Marcelo Cioffi, sócio da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) no País.

Em relação a 2015, a remessa de lucros do setor no ano passado caiu 68,3%. Na indústria como um todo, que inclui segmentos como bebidas, produtos químicos e alimentícios, a redução de envio de aportes no período foi de 12,6%, para US$ 6,6 bilhões, provavelmente reflexo da baixa atividade em razão da crise econômica.

Segundo o BC, os investimentos diretos no País para toda a indústria no ano passado foram 4% inferiores aos de 2015 e contabilizaram US$ 20,1 bilhões, talvez por causa das incertezas na economia e no quadro político locais. No caso das montadoras e autopeças, contudo, houve aumento de 45% em relação aos US$ 4,5 bilhões de ingressos no ano anterior.

“Os dados mostram que as empresas brasileiras não tiveram lucro nenhum, pois os US$ 86 milhões são insignificantes e podem ter sido apenas um ajuste de pagamento de royalties”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale.

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