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Anfavea: Produção de veículos no pior nível desde 2006

Publicado em 09/11/2015

Entre janeiro e outubro foram feitas no Brasil 2,17 milhões de unidades

Fonte: Automotive Business

A situação da indústria automotiva permanece preocupante. Sem nenhuma perspectiva de melhora no cenário, a Anfavea, entidade que representa os fabricantes do setor, divulgou que a produção de veículos atingiu seu menor patamar desde 2006. Saíram das linhas de montagem nacionais 2,11 milhões de unidades entre janeiro e outubro, entre leves e pesados. O volume é 21,1% menor que o do mesmo intervalo de 2014.

-Veja aqui os dados da Anfavea

Os dados isolados do mês indicam que a produção chegou a 205 mil unidades, indicando melhora na comparação com setembro, com aumento de 17,4%. Ainda assim, o crescimento não representa tendência de recuperação dos resultados. “O aumento da produção em outubro na verdade é um efeito estatístico porque em setembro tivemos nível forte de férias coletivas e layoffs nas montadoras, o que reduziu muito a produção naquele período”, esclarece Luiz Moan, presidente da Anfavea.

O resultado de outubro é o terceiro mais fraco registrado em 2015, atrás apenas de setembro e de junho. A entidade também confirma que o nível de produção é o pior para o mês em 10 anos. A última vez que a indústria local alcançou resultado tão baixo no período foi em outubro de 2005.

O segmento que mais reduziu seus volumes no acumulado dos 10 meses de 2015 foi o de caminhões, com baixa de 46,9%, para apenas 66,1 mil unidades. A produção de ônibus também sofreu redução drástica, de 34,7% para 19,9 mil chassis. Já a fabricação de veículos leves teve diminuição um pouco menor, de 19,7%, para 2,02 milhões de unidades de janeiro a outubro. Foram feitos 1,75 milhão de automóveis e 274,1 mil comerciais leves no período.

Excesso de estoque e pessoal

Os estoques de veículos permanecem elevados. A Anfavea aponta que o número de veículos armazenados chegou a 340,6 mil unidades entre os pátios das fábricas e as concessionárias, o equivalente a 53 dias de vendas. O aumento reflete o cenário de mercado retraído e a dificuldade para compensar qualquer parte desta queda com exportações. “Temos uma visão clara de que ainda há um excesso de produção no setor automotivo”, admite Moan.

O executivo aponta que, nos 10 meses de 2015, o número de carros armazenados cresceu 26% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, quando o patamar médio dos estoques era de 40 dias. Diante da falta de perspectiva de melhora no curto prazo, A Anfavea mantém as expectativas para 2015, revisadas em setembro. A associação acredita que a retração no acumulado do ano ainda vai se aprofundar, chegando a 23,2%. Com isso, 2015 deve terminar com 2,41 milhões de veículos feitos no Brasil.

Segundo Moan, a indústria terá de sustentar as operações infladas por algum tempo até o início de uma possível retomada. A expectativa é de que as vendas sigam neste patamar até o terceiro trimestre de 2016. Apenas no fim do próximo ano a demanda poderá melhorar, na análise da entidade.

O momento negativo evidencia ainda o excedente de mão de obra nas fábricas de veículos. Atualmente as montadoras empregam 132,7 mil pessoas, o que já demonstra que foram cortadas 14,3 mil vagas desde o ano passado. Ainda assim, A Anfavea calcula que atualmente 34% do total de funcionários das fabricantes de carros estão afastados ou trabalhando com jornada reduzida por meio de férias coletivas, layoffs e PPE, o Programa de Proteção ao Emprego. Por causa disso, a Anfavea pediu ao governo extensão do programa até o fim de 2017.

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