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Carros autônomos reduzirão acidentes em 90% e emissões de poluentes em 60%

Publicado em 05/10/2015

Estudo mostra como as novas tecnologias prometem revolucionar a mobilidade urbana e as nossas vidas

Fonte: Revista Autoesporte

O que você faria se tivesse 50 minutos livres no seu dia? Poderia assistir uma série, conversar mais com os amigos ou não perder uma notícia publicada por Autoesporte. Tudo isso enquanto seu carro te leva para o trabalho. É isso que preveem especialistas da consultoria McKinsey em uma pesquisa que aponta como os carros autônomos vão mudar as nossas vidas nos próximos anos.

Os mais de 30 especialistas dos Estados Unidos, Europa e Ásia tentaram prever como será o processo de surgimento dos carros autônomos, até que eles se tornem tão comuns quanto os carros que conhecemos hoje em dia. Até 2050, o mundo terá 90% menos acidentes e a emissão de poluentes no meio ambiente será 60% menor do que atualmente.

Os pesquisadores dividiram o processo de popularização dos autônomos em três fases: até 2020, até por volta de 2035 e até 2050. O resultado é muito curioso e dá uma prévia da revolução que podemos viver em breve.

A primeira fase já está acontecendo. Ou seja: já ouvimos falar do desenvolvimento de tecnologias autônomas, até sabemos que muitas montadoras já tem tudo para lançar um carro desse tipo. Mas isso ainda não é uma realidade. O que temos são alguns carros equipados com tecnologias semi-autônomas, como a frenagem automática para evitar acidentes. Além do preço, a legislação de trânsito é uma grande barreira, já que exige que o motorista esteja sempre no comando do carro.

Todos os especialistas que participaram do estudo consideram improvável que qualquer carro autônomo seja vendido até 2022. No entanto, áreas como mineração e agricultura começarão a usar veículos com essas tecnologias antes. Isso porque, como circulam em terrenos fechados, não precisam se submeter a todas as regras de trânsito de vias comuns. Quando isso começar a acontecer em grande escala, as emissões de dióxido de carbono no meio ambiente já poderão ser reduzidas em até 60% em comparação aos níveis atuais.

Até 2040, prepare-se para conviver com caminhões autônomos em rodovias. Marcas como a Mercedes já desenvolveram veículos assim e estariam mais próximas de colocá-los em prática, a depender das mudanças nas legislações. Esse seria um cenário mais próximo porque os caminhões trafegam por mais tempo em rodovias, que costumam ter padrões de sinalização e conservação mais adequados para que a tecnologia funcione como previsto. Ao mesmo tempo, os especialistas apostam que haverá uma revolução nos sistemas de logística por todo o mundo não só com caminhões autônomos, mas com drones de tecnologia semelhante.

E é nesse momento que as montadoras tradicionais terão que tomar importantes decisões sobre entrar ou não de vez nesse novo contexto de mobilidade urbana. Essa escolha terá que ser feita logo, em um prazo de dois ou três anos, segundo o estudo. O documento traça quatro perfis de empresas: as premium, que já avançaram no desenvolvimento desse tipo de tecnologia e têm maior confiança por parte dos consumidores, seriam as primeiras a abraçar a produção dos carros autônomos. Em seguida, empresas de tecnologia, como o Google e possivelmente a Apple, investiriam em outro segmento: o de compactos voltados para a mobilidade urbana. Então, será a vez das montadoras tradicionais começarem a produzir esse tipo de carro. Por fim, algumas montadoras chegarão atrasadas a esse mercado, enquanto outras optarão por não vender carros desse tipo.

É nesse momento que começa a segunda fase, quando novos serviços terão que ser desenvolvidos devido à demanda desses novos carros. Como os autônomos prometem reduzir drasticamente os acidentes por não estarem sujeitos às falhas humanas, as seguradoras deixarão de buscar novos motoristas como clientes e passarão a oferecer seus seguros diretamente às montadoras. Afinal, as apólices deverão cobrir as falhas técnicas dos sistemas e não dos condutores. A fórmula é parecida com o que já é feito com transportadoras e frotas de navios, por exemplo.

Uma hora a mais por dia

Por fim, a terceira fase vai ser marcada pelos resultados mais significantes na vida da população e na maneira como encaramos os carros e a mobilidade urbana. Com uma ampla frota de autônomos nas ruas, os estudiosos acreditam que cada pessoa passará a economizar 50 minutos por dia, já que a mobilidade será mais eficiente. O resultado disso poderá ser sentido inclusive no mercado publicitário, que passará a investir bilhões de euros por ano a mais em mídias móveis. Afinal, você vai passar mais tempo conectado ao seu smartphone ou tablet.

A eficiência da comunicação entre os carros será responsável por uma redução de até 90% na quantidade de acidentes. O estudo lembra que as colisões de trânsito são a segunda principal causa de mortes nos Estados Unidos, mas pode cair para a nona colocação com a nova tecnologia. Seria uma verdadeira revolução na saúde a partir da tecnologia. Atualmente, para cada vítima fatal em um acidente de trânsito, outras oito são hospitalizadas e 100 são encaminhadas a salas de emergência de hospitais. O custo total por ano de acidentes em rodovias norte-americanas foi de US$ 212 bilhões em 2012. Com os autônomos, o custo cairia para US$ 190 bilhões.

Os carros autônomos devem mudar até a estrutura das cidades como conhecemos. Isso porque esses carros prometem nos deixar no nosso destino e se dirigir sozinhos para uma vaga de estacionamento. Ao chegar lá, as vagas podem ser 15% menores do que as atuais – afinal, ninguém precisará abrir a porta sem bater no carro ao lado. Com isso, o estudo calcula que o espaço para vagas de estacionamento nos Estados Unidos vai diminuir em 5,1 bilhões de metros quadrados nos Estados Unidos

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