Publicado em 28/03/2014
Fonte: Paulo Ricardo Braga para Automotive Business
A Mitsubishi colocou em marcha os planos para nacionalização progressiva dos motores que produz na fábrica de Catalão (GO) desde junho de 2013, usando grande quantidade de componentes importados da matriz, no Japão. Informações de bastidores revelam que atualmente 20% das peças dos propulsores foram localizadas e existe a determinação de alcançar 50% até o fim de 2015, incluindo blocos e cabeçotes. O objetivo principal é atender o programa de eficiência energética do governo e garantir a redução de IPI com o emprego de peças produzidas no Brasil, conforme as regras do Inovar-Auto.
O motor de 2 litros montado em Catalão equipa o ASX nacional e, a partir de agosto, estará também no Lancer produzido no Brasil. Trata-se de um propulsor moderno, a gasolina (já existe projeto para torná-lo flex, para rodar com etanol ou gasolina) com bloco e cabeçote de alumínio, comando de válvulas variável e 160 cv de potência. Trata-se de um único modelo de motor, com pequenas variações em função do veículo (ASX ou Lancer) e da transmissão (mecânica ou CVT).
A unidade em Goiás tem capacidade para montar 50 mil motores/ano em dois turnos de trabalho, mas está preparada para dobrar essa capacidade quando necessário, com poucos investimentos adicionais. A planta abriga também as linhas de dress-up (agrega periféricos) dos demais motores usados pela Mitsubishi no País (Pajero TR4, L200 Triton e Pajero Dakar), além de abrigar a montagem final e hot test de todos os propulsores flex (2.0 L da TR4, 2.4 flex da Triton e 3.5 V6 flex da Triton e Dakar).
Sabe-se, ainda, que a empresa planeja iniciar a partir de 2016 a produção dos motores diesel na unidade brasileira, para equipar os comerciais leves da marca.
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