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GM ataca operações problemáticas fora dos EUA

Publicado em 10/12/2013

A GM está preparando uma ação coordenada para reduzir suas operações mais problemáticas fora dos Estados Unidos, incluindo cortes na produção de suas fábricas na Coreia do Sul e provavelmente o encerramento da produção na Austrália, disseram pessoas a par dos planos da montadora americana.

A GM planeja fechar suas duas fábricas na Austrália e, separadamente, reduzir a produção na Coreia do Sul em 20% até 2016, disseram as pessoas. As ações se juntam ao já planejado fechamento de uma unidade na Alemanha e à decisão, anunciada na semana passada, de suspender as vendas dos modelos da marca Chevrolet na Europa dentro de dois anos. Parte da produção na Coreia do Sul será destinada ao mercado australiano, disseram as pessoas.

A maior montadora dos EUA concluiu que mudanças econômicas — como salários mais altos e agitações trabalhistas na Coreia do Sul e a valorização do dólar australiano, que barateou os carros importados na Austrália — reduziram sua competitividade nos dois países.

Os executivos da empresa estão determinados a atacar operações deficitárias no exterior, que corroeram os lucros no último ano. No terceiro trimestre, o lucro antes de impostos das operações internacionais da GM, que abrangem a maior parte da Ásia, caiu 61%, para US$ 299 milhões, devido em parte aos problemas na Austrália. Sem levar em conta os ganhos da unidade chinesa, a região teria registrado prejuízo de mais de US$ 100 milhões.

Na quinta-feira passada, o diretor-presidente da GM, Dan Akerson, deu um grande passo para eliminar o principal foco de problemas da empresa no mercado internacional ao decidir encerrar gradativamente as vendas da marca Chevrolet na Europa e se concentrar somente na marca alemã Opel e na britânica Vauxhall.

Akerson tinha indicado no início do ano que estava cogitando transferir parte da produção da Coreia do Sul devido aos seus crescentes custos de produção, problemas trabalhistas e riscos de confronto com a Coreia do Norte.

As fábricas da GM na Coreia do Sul são a principal fonte dos veículos Chevrolet comercializados na Europa. As quatro fábricas no país produziram no ano passado mais de dois milhões de veículos — incluindo os desmontados, chamados de "car kits" —, a maioria deles destinados à exportação.

"Eles estão começando a agir como uma organização global e desfazendo feudos", disse Adam Jonas, analista do setor automobilístico do banco Morgan Stanley. "Há novas pessoas em cargos de liderança, os controles financeiros têm mudado e há mais transparência em Detroit. Apesar de eu não poder comentar especificamente sobre a Austrália ou a Coreia do Sul, a GM tem hoje mais opções e com isso eles estão avaliando a diferença entre importar e produzir localmente."

Os custos logísticos são uma questão importante para Akerson, que está sendo pressionado para aumentar os lucros da empresa e o valor da ação num momento em que o Tesouro americano se prepara para vender a parcela que ainda possui da GM, o que, segundo algumas pessoas a par do assunto, pode ocorrer ainda esta semana.
O governo adquiriu uma fatia da montadora em 2009, como parte do seu processo de recuperação judicial. A saída do Tesouro abre a porta para investidores privados pressionarem a GM a usar recursos para começar a pagar dividendos, dizem analistas.
Na Austrália, a GM pode seguir o exemplo das concorrentes Ford Motor Co. e aMitsubishi Motors e parar de fabricar veículos no país. A Mitsubishi deixou a Austrália em 2008 e a Ford planeja fechar suas duas fábricas locais em outubro de 2016.

A GM havia apostado que um recente acordo salarial fechado com os empregados da sua filial na Austrália e cortes de empregos seriam suficientes para que ela continuasse operando. Mas lobistas do setor dizem ser "inevitável" encerrar a produção no país porque o modelo compacto produzido pela empresa localmente, o Cruze, não é rentável o suficiente e os australianos não estão mais comprando carros maiores, que são mais lucrativos. Além disso, o governo australiano já sinalizou que deve reduzir os estímulos à indústria automobilística, de cerca de 500 milhões de dólares australianos (US$ 455 milhões) por ano.


Na Coreia do Sul, tensões políticas combinadas a impostos e alta dos custos de logística encareceram a produção. A GM começou no ano passado a reduzir suas operações locais.Em julho, a montadora decidiu transferir grande parte da produção de seu utilitário esportivo Mokka, da marca Oppel, para uma fábrica na Espanha, a partir do segundo semestre de 2014.

A GM não sairá totalmente da Coreia do Sul. Mas pessoas a par dos planos disseram que um recente relatório de análise da firma IHS Automotive estaria correto ao indicar que a empresa pode reduzir sua produção de veículos acabados de 800.000 unidades este ano para 650.000 em 2015.

Fonte: Jeff Bennett e rob Taylor, The Wall Street Journal

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