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Produção de veículos tem primeira queda em 10 anos

Publicado em 12/12/2012

A produção de veículos deve encerrar 2012 com 3,36 milhões de unidades, queda de 1,5% ante o resultado de 2011

A produção de veículos deve encerrar 2012 com 3,36 milhões de unidades, queda de 1,5% ante o resultado de 2011. A retração é a primeira desde 2002 e foi puxada pelo recuo das exportações e pelos altos estoques acumulados na indústria e na rede de concessionárias no início do ano. A retração não era prevista pela Anfavea, associação dos fabricantes. A entidade mantinha expectativa de crescimento de 2% no ritmo das fábricas do setor.

A queda acontece mesmo diante de redução das importações. Entre janeiro e novembro, a participação de veículos importados nos emplacamentos diminuiu 2,7 pontos porcentuais em relação ao mesmo período de 2011, para 20,9%. “Se não tivessem sido adotadas medidas para segurar os importados, a queda na produção poderia chegar a 5% este ano”, estima Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, lembrando da renegociação do acordo automotivo com o México e do adicional de 30 pontos no IPI de carros trazidos de fora do Mercosul.

O executivo lembra, no entando, que a produção de veículos segue curva de recuperação. Em fevereiro a queda atingiu seu ponto mais agudo no acumulado do ano, com redução de mais de 19% em relação ao ano passado. A retração ficou menor à medida que os os estoques diminuíram e as vendas cresceram puxadas pela redução do IPI.

Em novembro, a produção de veículos apresentou queda de 5,3% ante outubro e aceleração de 10,5% na comparação com igual mês do ano passado, para 301,6 mil unidades. No acumulado dos 11 meses do ano a redução foi de 2,1% sobre o mesmo intervalo de 2011, para 3,08 milhões de veículos.

Será necessário produzir cerca de 277 mil veículos em dezembro para que o número chegue ao esperado pela Anfavea. A entidade acredita que alcançar este volume não será grande dasafio. “As linhas de montagem estão aquecidas. Para que consigam atender a demanda, muitas fabricantes até transferiram as férias coletivas deste mês para o início do próximo ano”, explica Belini.

A queda na exportação de veículos, que deve encerrar o ano com resultado negativo em 5%, com 525 mil unidades, foi um dos fatores que puxaram a produção para baixo. “Com a crise econômica, há capacidade ociosa de 29 milhões de unidades no mundo. Isso aumenta a competição global, com mais concorrentes querendo vender veículos em nossos mercados internacionais.”

Entre os segmentos, o que teve o maior tombo foi o de caminhões, com diminuição de 39,4% nos volumes fabricados, para 123,9 mil unidades até novembro. Houve queda expressiva também na produção de ônibus, de 23,4% para 34,2 mil chassis.

Já a produção de veículos leves teve pequeno crescimento nos 11 meses do ano, de 0,9%, para 2,92 milhões de unidades. Enquanto a fabricação de automóveis teve incremento de 4%, para 2,42 milhões, a de comerciais leves diminuiu 12%, para 503 mil veículos.

Depois do fraco desempenho da produção este ano, a Anfavea espera crescimento para 2013. Estimativa da entidade aponta para expansão de 4,5%, para 3,47 milhões de veículos. Belini nega que o número seja otimista demais. “Ao contrário do que aconteceu este ano, não começaremos 2012 com estoques altos.” O executivo também afirma que deverá haver incremento da produção das empresas instaladas no Brasil, com a conclusão de alguns investimentos, e o início das atividades de algumas novas entrantes, como a chinesa Chery e a fabricante de caminhões DAF.

Belini também tem boas perspectivas para o médio e longo prazos, com a nova política indústrial para o setor. “O Inovar-auto foi a melhor coisa que aconteceu para a indústria automotiva brasileira em 50 anos”, postulou. Na avaliação dele, o governo acertou ao definir as novas regras e vai conseguir aumentar a competitividade dos carros brasileiros.

Fonte: Giovanna Riato, Automotive Business

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