Está na Assembleia Legislativa do Paraná um Projeto de Lei que propõe a aprovação da construção de 19 empreendimentos de geração de energia. São 14 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), além de duas termelétricas e uma usina eólica. Todos já possuem Licença Prévia (LP) ou Licença de Operação de Regularização (LOR) concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). As atividades devem cumprir as normas ambientais e serem regidas pelas legislações municipal, estadual e federal.

Para o gerente dos Conselhos Temáticos e Setoriais da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, a energia é fundamental para a indústria e para o desenvolvimento do Estado como um todo. Segundo ele, os grandes potenciais de geração de energia hidroelétrica no Paraná já foram explorados em sua maioria por meio da construção de grandes usinas hidroelétricas como a de Itaipu, as do Rio Iguaçu, do Rio Tibagi, entre outras. "Agora resta explorar este tipo de geração a partir de pequenas unidades produtoras, porém, com a soma de diversas CGHs ou PCHs, diferenciadas apenas pela potência instalada, o total de energia produzida equivale a de uma grande central", afirma.

Mohr ressalta que outro fator importante a ser considerado é que muitas dessas Pequenas Unidades de Geração de Energia já possuem a participação acionária de empresas grandes consumidoras de energia. "Isso faz com que essas empresas invistam na geração para seu próprio consumo, reduzindo seus custos de energia, hoje um dos mais expressivos na matriz de custos de uma indústria, podendo atingir até 10% desta matriz em determinados segmentos industriais".

Outro ponto levantado pelo gerente é o aumento da demanda, que pode acontecer com a retomada do crescimento econômico. "Mais geradores são necessários para suprir o aumento pela demanda de energia, garantindo assim a segurança quanto ao fornecimento de energia em quantidade e qualidade necessárias, bem como com preços competitivos", explica Mohr.

Construções

Os 16 empreendimentos hidrelétricos que receberam licenciamentos do IAP neste ano representam 15% do total de licenciamentos concedidos em sete anos, de 2012 a 2018. "Todo o setor ambiental do Paraná está dando mais celeridade para análise dos pedidos de licenciamento de PCHs e CGHs. Empreendimentos que possuem impacto ambiental muito baixo, ajudam, inclusive, na produção de energia limpa e contribuem para o desenvolvimento econômico dos municípios", afirma o governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior.

Ele destaca que para este ano a previsão é de mais 41 projetos para geração de energia limpa, que aguardam licenciamento ambiental no Estado. "A energia elétrica é um fator decisivo para a melhoria da qualidade de vida da população. Estamos enviando esse Projeto de Lei para que os paranaenses tenham acesso à energia elétrica gerada por fontes de baixo impacto ambiental", explica o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.

Os empreendimentos hidrelétricos serão construídos nas cidades de Palmeira, Cascavel, Honório Serpa, Clevelândia, Francisco Beltrão, Boa Ventura do São Roque, Pitanga, Santo Antônio do Sudoeste, Nova Tebas, Palmas, Tibagi, Rio Branco do Sul, Renascença, Toledo, Nova Aurora e Marechal Cândido Rondon. As duas termelétricas serão implantadas em Jacarezinho e Pitanga e a usina eólica, em Palmas.

Energia no Brasil

A geração de energia elétrica no Brasil é uma das mais limpas do mundo, enquanto países europeus e da Ásia têm sua matriz baseada em 60% a partir de fontes de energia não renováveis, como o petróleo, o carvão mineral e o urânio (usinas nucleares). O Brasil tem mais de 80% de sua matriz baseada em fontes renováveis, especialmente a hidroeletricidade (geração a partir da ação da água que movimenta as turbinas), eólica (ventos), biomassa de florestas plantadas e resíduos do agronegócio, como o bagaço de cana e mais recentemente a geração de energia a partir do biogás gerado em aterros sanitários, estações de tratamento de efluentes e do processamento de resíduos da produção de proteína animal e vegetal.

Com informações do Sistema Fiep e AEN.

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