clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Dezeen)

Fungos, leveduras, algas e bactérias servem como matéria-prima para a confecção de peças de vestuário e acessórios, como bolsas e calçados. Apesar de parecer estranho, várias experiências estão sendo realizadas para utilizar micro-organismos como alternativas mais sustentáveis para a indústria da moda, conhecida como a segunda mais poluidora do mundo.

O biotecido, como é chamado, desenvolvido em laboratórios é uma adaptação de uma técnica antiga – que data de 220 antes de Cristo – para a fabricação do kombusha, chá chinês obtido a partir de uma massa de celulose. Quando seca, a camada fibrosa pode ser recortada e costurada. 

Na Inglaterra, a parceria entre a designer de moda inglesa Suzanne Lee e o cientista David Hepworth deu origem ao projeto BioCouture. Juntos, eles desenvolvem pesquisas com algas, fungos, leveduras, bactérias para a constituição de tecidos. “A receita que eu tenho explorado para cultivar uma peça de roupa é usar uma mistura simbiótica de leveduras e bactérias ", disse ela. "É um método de fermentação que cultiva celulose bacteriana. É como um couro vegetal se você quiser”, completa. Além disso, segundo ela, a matéria-prima é compostável e biodegradável.

No Brasil, a organização social Olabi, do Rio de Janeiro, está replicando a técnica inglesa a partir dos protocolos da BioCouture disponíveis na internet. Em outra iniciativa, o Laboratório de Atividades do Amanhã, também no Rio de Janeiro, em parceria com a empressa Biotecam, pesquisa como a bactéria acetobacter xylinum, encontrada normalmente em resíduos de vinagre, pode ser usada na produção de tecidos. O processo é o mesmo do usado para obter iogurte, queijo ou Yakult: a partir da multiplicação de microorganismos. É preciso isolar a bactéria viva, da natureza, por meio de uma cultura feita com chá e açúcar.

Com informações da Dezeen e do Projetocolabora.com.br.

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