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Com as crises econômicas e habitacionais que a humanidade vem passando, o sonho da casa própria está cada dia mais distante do alcance do cidadão de classe média. Essa retração global resultou consequentemente na redução dos espaços habitáveis. É neste contexto que o movimento Tiny Houses (Casas Minúsculas, na tradução livre), construções de 8 m² até no máximo 42 m² de área de chão, vem ganhando força no cenário internacional.

A criação desses espaços fez surgir algumas questões entre arquitetos e autoridades do mundo todo. As micro-arquiteturas são capazes de resolver as questões mais urgentes em relação ao acesso à propriedade? Ou elas servem apenas para glorificar e mercantilizar condições precárias de moradia?

Ao longo de 2018, o termo Tiny Houses foi um dos tópicos mais recorrentes nas pesquisas realizadas pelo site ArchDaily, com um aumento de 75% em relação ao ano anterior. Chegou a ocupar o primeiro lugar da lista de tendências da arquitetura para o ano de 2019, criada pelo site.

Em artigo publicado no ArchDaily, Eric Baldwin, diretor de comunicação do veículo, comentou que “de uma hora para a outra passamos a nos questionar se a simples redução do espaço habitável é de fato uma solução viável e ambientalmente correta à falta de moradia”.

Segundo Baldwin, “este movimento, por assim dizer, minimalista, também tem sido associado à uma suposta mudança de comportamento, uma oposição à ostentação e ao materialismo. A procura por espaços mais compactos e eficientes tem crescido assustadoramente tanto na cidade quanto no campo”, afirma.

Tiny Houses em Curitiba

Na capital paranaense, por exemplo, a primeira restrição é quanto à mobilidade das Tiny Houses.

“A prefeitura delimita dimensões mínimas para os compartimentos de uma residência. Então, a Tiny House como ela realmente é não é viável. Fora do Brasil, as pessoas fazem quartos em mezaninos com pé direito de 60 a 80 cm, por exemplo, o que não teria aprovação aqui em Curitiba”, explicou o arquiteto e urbanista da PROARQ Arquitetura e Construção Lyan Licheski, ao jornal Gazeta do Povo. O arquiteto trabalhou com modelos de Tiny Houses em seu trabalho de conclusão de curso.

As medidas estabelecidas pela prefeitura de Curitiba estão listadas no anexo III da Portaria 80/2013. Além do pé direito, o documento regulamenta área e profundidade, iluminação, ventilação, por exemplo. Há também a regra que estabelece que as habitações que abrigam uma família devem ter os cômodos do quarto, sala, cozinha e banheiro e um total de pelo menos 22,5 m². Licheski explica que as regras não estabelecem exigências que descaracterizariam as Tiny Houses. “Digamos que elas seriam um pouco maiores só, mas não deixariam de ser Tiny Houses”, esclarece.

Com informações do Archdaily e Gazeta do Povo.

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