clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Adobe Stock)

Mais de 90% da população brasileira não tem o hábito de fumar. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde divulgados em maio, 9,3% dos brasileiros afirmavam ser fumantes em 2018. Mesmo tendo uma queda considerável nos últimos 12 anos, cerca de 40% no país, as bitucas de cigarro ainda estão por aí e, se descartadas incorretamente, demoram até cinco anos para se decompor.

Em 2003 foi desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB) um processo de reciclagem de bitucas de cigarro. A técnica que transforma o restante do cigarro em celulose foi patenteada em 2014 pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Hoje a técnica está licenciada para uma empresa de Votorantim, em São Paulo. Com ela é possível transformar 25 bitucas de cigarro em uma folha que será utilizada em atividades pedagógicas.

A ideia nasceu com o aluno de biologia Marco Antônio Duarte e os professores Thérèse Hofmann e Paulo Suarez, que descobriram não haver na literatura acadêmica e nem nas empresas do ramo do tabaco nenhuma pesquisa sobre o assunto. Foi essa ausência de estudo que estimulou os três a criarem tecnologia que hoje permite o aproveitamento completo de todo o resíduo dos cigarros.

Processo de reciclagem

Inicialmente as bitucas passam por uma espécie de triagem, quando são retirados dejetos, como material orgânico. Em seguida, elas são fervidas em uma solução com água e produtos químicos que anulam as substâncias tóxicas. O material depois é filtrado, amostras do líquido produzido são analisadas para controle ambiental do processo e o que sobra é prensado e vira a massa de celulose que se transforma em papel. Por fim, essa massa segue o processo já conhecido da reciclagem, que é composto por  hidratação, formato e coloração.

"Se até bituca de cigarro pode ser reciclada, imagina os demais resíduos. As pessoas precisam se conscientizar sobre o conceito de lixo, resíduos e reciclagem", afirma Thérèse. A professora ressalta que o hábito de fumar causa prejuízos pessoais e ambientais e pede que bitucas de cigarro sejam descartadas corretamente. "Ela não se dissolve rapidamente. Demora alguns anos para ser absorvida e durante esse tempo vai depositando na natureza todos os elementos que estão contidos nela", comenta.

Com informações do G1.

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