clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação)

Um público de 2,5 mil pessoas, de mais de 90 países. Mais de 1,2 mil trabalhos em cinco sessões plenárias, 19 sessões subplenárias, 172 sessões técnicas, 350 sessões cientificas, 1.648 apresentações orais, 1,2 mil pôsteres. Esses são alguns dos principais números do XXV Congresso Mundial da União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO), maior evento de pesquisa florestal do mundo e que aconteceu pela primeira vez na América Latina, tendo Curitiba como sede. Durante sete dias, cientistas, pesquisadores, professores, estudantes e profissionais do setor florestal discutiram os rumos da pesquisa florestal e o papel do setor para o desenvolvimento sustentável. O próximo congresso vai acontecer em 2024, em Estocolmo, na Suécia.

Para a pesquisadora da Embrapa Florestas e vice-presidente do Comitê Organizador do IUFRO 2019, Yeda de Oliveira, o principal resultado desse importante evento são as conexões criadas entre os pesquisadores, bem como a oportunidade de parcerias e troca de experiências. Para reforçar a importância do encontro, ela lembrou que a capital paranaense não recebia, desde 2006, quando aconteceu a 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-8), um Congresso que trouxesse tantas pessoas, de diferentes países.

“Criamos aqui as fundações para a ponte que queríamos construir entre diferentes instituições, países e pessoas. A conexão internacional foi incrível. Há uma grande expectativa para os trabalhos em conjunto a partir de agora, assim como para a possibilidade de as pessoas utilizarem os dados que foram apresentados. Isso é muito interessante e certamente a relação entre o Brasil e a IUFRO sai mais fortalecida”, avaliou.

A pesquisadora citou, ainda, a importância da exposição, que, segundo ela, foi muito agregadora, pois além de trazer ao Brasil as tradicionais empresas florestais e as editoras de livros, deu a oportunidade de os participantes andarem por uma feira da sociobiodiversidade, com os biomas brasileiros representados não só por mudas, mas, sim, pelas pessoas que vivem no meio rural desses biomas. “Essas pessoas mostraram para o público as suas realidades. Isso faz com que possamos compreender melhor a complexidade do meio florestal brasileiro”, destacou.

O chefe-geral da Embrapa Florestas, uma das entidades organizadoras do evento, Edson Tadeu Iede, disse que o Congresso foi uma oportunidade de os pesquisadores brasileiros e dos países vizinhos interagirem com pesquisadores da Europa, Ásia e Américas do Norte e Central. Ele reforçou que essa troca de conhecimento traz sinergia entre as pesquisas, o que ajuda a encurtar o caminho.

“Muitas vezes, não temos a informação básica, então é preciso desenvolver completamente. Porém, essa informação básica pode estar nos trabalhos dessas pessoas que estiveram aqui, o que pode ajudar nos nossos trabalhos. Acredito que atingimos o objetivo de conectar as pessoas. Cumprimos o nosso papel, fazendo o melhor possível, e isso fortalece o setor como um todo e o Brasil também”, apontou.

O novo presidente da IUFRO 2024, John Parrota, elogiou a organização do encontro e disse que a informação de que o Brasil seria o país-sede foi muito comemorada, porque, segundo ele, o Congresso atrai pessoas interessadas em florestas para o País. Agora, ele convida todos para a edição de 2024, na Suécia. “Cada congresso é diferente, e tenho certeza que teremos um ótimo encontro em 2024”, afirmou.

Estocolmo 2024

A embaixadora da Suécia no Brasil, Johanna Brismar Skoog, avaliou que Curitiba como sede do 25º encontro foi uma ótima escolha, já que, na opinião dela, a cidade é a mais verde e mais limpa do Brasil. Ela ressaltou, ainda, que as florestas são importantes para o País, assim como para a Suécia, e têm valor fundamental na comunidade internacional, justamente pelos desafios de mudanças climáticas e aquecimento global.

“A Suécia teve um alto grau de terra desmatada no século 19, mas, agora, as florestas cobrem 70% do País. Além disso, temos uma forte tradição científica e um prêmio que coloca a pesquisa florestal em nível internacional. É uma honra para a Suécia sediar o 26º Congresso, e esperamos todos vocês lá”, completou.

Com informações da Embrapa.

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