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Uma pesquisa conduzida pelo professor doutor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Antônio Mesquita, levou à descoberta da fibra do caroço do açaí com potencial para produção de móveis sustentáveis, divisórias e placas acústicas. Os ecopainéis, como são chamados, podem substituir as placas de MDF. A instalação de uma fábrica para produção do novo produto no Amazonas está entre as propostas do governo estadual apresentada na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP-23), que aconteceu em novembro último em Bonn, na Alemanha.

Segundo o pesquisador, os painéis de MDF convencionais são produzidos a partir de resíduos de madeira, cuja matéria-prima sai de centenas de hectares de plantação de eucalipto e pinho, ou seja, é preciso plantar, derrubar, reflorestar, gastar grandes quantidades de água e energia para transformar árvores em resíduos. “Além disso, o tipo de resina utilizada para misturar o farelo das árvores é altamente tóxica – fato já comprovado cientificamente”, comentou o professor em entrevista ao jornal A Crítica. A resina utilizada no ecopainel é natural, obtida a partir do óleo de mamona.

A parceria entre a Universidade Estadual do Amazonas (UEA), a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Museu Paraense Emílio Goeldi levou à obtenção do registro de patente da invenção (nº BR1020150105363). Na versão original do trabalho, a fibra do caroço do açaí vem do descarte realizado pelos estabelecimentos que comercializam sucos e polpas de açaí na cidade e região metropolitana de Belém (PA). Estima-se que 1,2 mil toneladas do caroço são descartadas diariamente. Atualmente, o pesquisador mantém uma pequena produção do ecopainel no laboratório da Universidade de São Paulo (USP) em Pirassununga, mas pretende transferir a produção para o Amazonas, segundo maior produtor de açaí, depois do Pará.

Com informações do jornal A Crítica.

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