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O acúmulo de atividades, a correria do dia a dia e o excesso de informação fizeram o estresse se tornar o "mal do século". De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população sofre com estresse, ou seja, apenas 10% da população mundial não é acometida pelo problema. A solução medicinal para isso já está sendo desenvolvida. Uma pesquisa sobre bactérias aproximou a comunidade científica da tão sonhada vacina "anti-estresse". Segundo os especialistas, a espécie de bactéria Mycobacterium vaccae está presente no solo e ajuda na diminuição dos níveis de estresse.

No ano passado, os pesquisadores injetaram uma dose da bactéria em roedores antes de expô-los a um evento estressante. Como resultado diagnosticaram que a M. vaccae impediu os animais de desenvolverem estresse pós-traumático no curto e longo prazo. O estudo auxiliou na construção da hipótese de que o microrganismo abriga compostos que ajudam na resposta de fuga ou luta no sistema imunológico em mamíferos.

Uma nova análise feita pelos pesquisadores identificou a estrutura no interior da bactéria que é responsável por esses efeitos. A equipe também conseguiu sintetizar a substância quimicamente, desconstruindo a forma com que ela interage com as células do sistema imunológico. "Sabíamos que funcionava, mas não sabíamos o porquê", disse Christopher Lowry, um dos autores da pesquisa, em um comunicado à imprensa.

Segundo a constatação dos profissionais, o lipídio encontrado se liga a receptores dentro das células do sistema imunológico e bloqueia certas substâncias químicas que causam inflamações, que são responsáveis pelo estresse. Nos casos em que as células receberam o "pré-tratamento" - com o lipídio e depois tentaram estimular uma resposta inflamatória durante os experimentos - foi descoberto que elas se tornaram resistentes aos efeitos, ou seja, foram efetivamente vacinadas contra a inflamação.

"Parece que essas bactérias com as quais coevoluímos têm um truque na manga. Esse é um enorme passo em frente para nós porque identifica um componente ativo das bactérias e o receptor para este componente ativo no hospedeiro", contou Lowry.

Para o especialista, dentro de 10 ou 15 anos muitos tratamentos para questões psicológicas, como o estresse, serão baseados em microrganismos. Ele acredita que a vacina anti-stress pode se tornar realidade em até 20 anos.

Com informações da Revista Galileu.

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