clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Adobe Stock)

O número de pessoas preocupadas com o meio ambiente vem aumentando e com isso o mercado está sofrendo algumas alterações. Para atender esta crescente demanda, marcas e redes de cosméticos veganos estão ganhando espaço dentro do mercado de beleza e bem-estar. Apesar do alto potencial, o produtor vem encontrando dificuldades. Encontrar fornecedores certificados no território nacional ainda é um desafio.

“Essa tendência já passou de um simples movimento para uma realidade de mercado. O que tem sustentado esse novo cenário é justamente a preocupação que o consumidor demonstra diante do impacto do produto no meio ambiente. Dentro do nosso negócio, visualizamos uma oportunidade muito boa na categoria de batons”, disse ao DCI a proprietária da marca de cosméticos veganos e naturais Face It, Elza Barroso.

A executiva explica que segue uma estratégia do negócio de se concentrar apenas em uma categoria de produto e isso vem justamente para facilitar a encomenda juntamente aos fornecedores e também para acelerar o processo de disseminação da cultura sustentável nesse mercado. “Tivemos dificuldade de encontrar distribuidores no começo, até por isso fomos até a Itália realizar parcerias. No entanto, há um ano e meio estamos firmando parcerias com alguns distribuidores brasileiros também, a fim de não depender de apenas uma fonte”, afirmou.

Hoje a marca tem parceria com 51 lojas físicas, todas voltadas apenas para produtos e cosméticos naturais. O e-commerce da marca responde por 45% do faturamento do negócio. O tíquete médio atualmente está em torno de R$ 130. “Nosso objetivo é primeiro se consolidar nesses locais para depois expandir em direção aos pontos de venda do varejo no geral, como por exemplo redes de farmácia”, disse ela.

A relação de transparência com o consumidor também é muito importante em relação aos componentes que são a base de determinado produto. É o que defende a fundadora e diretora geral da consultoria empresarial Grupo Bittencourt, Claudia Bittencourt. “As gerações mais novas têm exigido muito mais esse esclarecimento por parte das marcas. Nesse sentido, é de extrema importância que as empresas tenham uma certificação sobre aquele item. Acredito que as marcas menores devam demorar um pouco mais para conseguir todas as certificações, mas isso tende a se tornar mais fácil nos próximos anos”, afirmou ao DCI.

Certificação

O diretor-executivo da IBD Certificadora, Alexandre Harkaly, explica que – em virtude do grande número de exigências para classificar um produto como vegano – muitas empresas estão optando pela certificação como natural ou orgânico. “Nos últimos anos, vemos um aumento na ordem de 20% pela certificação desses itens. Por enquanto, a lei brasileira não dispõe de normas específicas para a classificação de veganos”, declarou.

Com informações do DCI.

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