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O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo. No ano passado, as exportações do País apresentaram uma queda na ordem de 9,8%, fechando 2018 em US$ 35,1 bilhões de alimentos industrializados contra US$ 38,9 bilhões registrados em 2017.

Dentre os principais destinos das exportações brasileiras destacam-se a China, com US$ 3,30 bilhões; Holanda, com US$ 2,47 bilhões; Hong Kong, US$ 2,03 bilhões; Estados Unidos, US$ 1,57 bilhão; Emirados Árabes, US$ 1,19 bilhão; Japão US$ 1,10 bilhão e Índia, com US$ 1,09 bilhão. Os Emirados Árabes registraram a maior queda no volume importado (-22,7%), seguido da Índia (-16,8%) e do Japão (-11,4).

Segundo publicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) referente aos desafios às exportações brasileiras, os principais entraves apontados são: elevadas tarifas cobradas por portos e aeroportos, dificuldade das empresas em ofertarem um preço competitivo, elevadas taxas dos órgãos anuentes, alto custo do transporte interno até o ponto de despacho da mercadoria e a baixa eficiência governamental na superação de entraves internos às exportações. "Especificamente no setor de bens agrícolas, agroindustriais e para alguns segmentos da indústria, novos tipos de barreiras não tarifárias têm se difundido, com destaque para as técnicas, sanitárias e fitossanitárias", afirma Cláudia Vanessa Schittini Chiesse, coordenadora da Gerência Executiva de Assuntos Internacionais da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

Para auxiliar com essas barreiras a Fiep tem um mecanismo de defesa de interesses junto à CNI, à disposição das empresas. Barreiras encontradas podem ser relatadas à CNI e, por meio da Coalizão Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras, busca-se junto ao governo federal melhorar o comércio e superar os desafios às exportações.

A coordenadora ressalta que o incentivo é fundamental. "Muitas empresas, em especial as de pequeno porte, têm seus negócios alavancados em decorrência de projetos que subsidiam ações para internacionalização. Incentivar a internacionalização é garantir a competitividade das empresas no mercado nacional e prepará-las para a concorrência internacional", afirma Cláudia.

Incentivos

O governo federal e os governos estaduais possuem áreas especializadas para apoiar empresas a se internacionalizarem. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) no âmbito nacional realiza missões internacionais à grandes feiras para o setor de alimentos. No Paraná a Agência Paraná de Desenvolvimento (APD) atua em parceria com a Fiep no apoio a empresas paranaenses e na atração de investimentos para o Estado. Em conjunto a isso acordos bilaterais entre países são fundamentais na internacionalização de empresas.

A coordenadora explica que segundo a área de Economia, Fomento e desenvolvimento industrial da Fiep, existem linhas de financiamento em volume suficiente para financiar as empresas que buscam exportar seus produtos. As linhas para internacionalização geralmente contam com condições melhores que as praticadas pelo mercado, com juros atrativos e comparados com as taxas internacionais, o que diminui em muito o custo do crédito.

"Entretanto, apesar de existirem linhas de financiamento, as empresas (principalmente as micro, pequenas e algumas médias) encontram dificuldades na hora de acessar esse tipo de crédito, principalmente por desconhecimento das linhas, falta de garantias suficientes, outros custos envolvidos (ex: proteção cambial) e burocracia. É importante para o empresário que pretende se internacionalizar pesquisar alternativas e consultar diversos agentes financeiros que possam financiar suas operações" afirma.

A Fiep, por meio do Centro Internacional de Negócios (CNI PR), apoia empresas que desejam internacionalizar seus negócios. Vários programas são ofertados, desde capacitações em comércio exterior, estudos de mercado, missões internacionais, dentre outros. Vale destacar que um dos serviços, chamado de Prospect, realiza justamente a análise de mercado internacional para que as empresas paranaenses possam adequar seus produtos e agregar valor conforme as necessidades e características mercadológicas do país alvo.

Roadmap Agroalimentar 2031

"São muitos desafios, mas também muitas oportunidades, aqui e no exterior, que as indústrias do setor têm pela frente", comenta Cláudia. Em outubro de 2018 a Fiep publicou o Roadmap Agroalimentar 2031, que apresenta as visões de futuro, fatores críticos de sucesso, ações a curto, médio e longo prazos, bem como desafios, tendências e tecnologias-chave para o setor.

Durante o Encontro Paranaense da Indústria de Alimentos, realizado em 31 de outubro de 2018, foi lançado o Roadmap Agroalimentar 2031. O estudo teve como objetivo a construção coletiva de visões de futuro para o setor, bem como uma agenda convergente de ações para concentração de esforços e investimentos. Participaram da elaboração do Roadmap 139 especialistas de diferentes regiões do Estado.

Dentre as cinco visões de futuro presentes no roadmapping, uma dedica-se a Internacionalização das Indústrias Agroalimentares. Para a concretização da visão de futuro os especialistas identificaram os seguintes fatores críticos: Modelo de Gestão, Políticas Públicas, Qualidade e Segurança e Recursos Humanos. Para superar essas barreiras foram propostas 71 ações a serem implementadas em curto, médio e longo prazos.

"A Rota Estratégica para o Futuro da Indústria Paranaense no Setor Agroalimentar apresenta uma série de ações a serem feitas, para que as indústrias paranaenses acessem os mercados internacionais. Desde o conhecimento de normas técnicas e exigências sanitárias internacionais, passando pela adequação das embalagens e pesquisas de mercados, a rota é um mapa do caminho do sucesso a ser seguido", afirma João Arthur Mohr, gerente dos conselhos temáticos e setoriais da FIEP.

Para conferir o documento completo da Rota Estratégica para o Futuro da Indústria Paranaense - Agroalimentar 2031 acesse:  https://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/observatorios/FreeComponent33632content381626.shtml

Para saber mais informações sobre mercado internacional, acesse: https://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/boletins-setoriais/1/especial/cinpr/.

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