clique para ampliarclique para ampliar (Foto: Divulgação Universidade de Maastricht)

O hambúrguer de laboratório estará no mercado em até três anos e a carne será produzida de células-tronco de músculos de vacas. Foi o que afirmou o professor de fisiologia da Universidade de Maastrich (Holanda) Mark Post em entrevista à Revista Globo Rural. "Se a carne cultivada se tornar uma alternativa aceita, acabará por eliminar a carne convencional. No entanto, isso deve levar 20 anos", acredita Mark.

O professor fundou a MosaMeat, da qual é o executivo-chefe da área científica, e cuja missão é desenvolver a engenharia de tecidos para a produção em massa de carne a preço acessível, diz ele, que prevê no futuro filés, lombos e até asas de frango de laboratório. Para produzir hambúrguer, o tecido é finamente cortado em fibras musculares quase individuais e, em seguida, as fibras são tratadas com uma enzima para liberar as células-tronco. Elas são, então, cultivadas em frascos de tecido sob um meio adequado. Precisam ser células-tronco de músculo. Em nove semanas, o hambúrguer fica pronto.

Para Mark existem muitas boas razões se investir neste nicho de mercado. Apesar de apreciada e fonte importante de proteínas, o custo para produção de carne é alto em termos dos recursos naturais e de emissão de gases de efeito estufa (de 15% a 20% do total no planeta). Além disso, há uma preocupação crescente da população com a questão do bem-estar animal e com o abate de animais para alimentação.

A MosaMeat quer elevar a escala de produção e obter a aprovação regulatória na União Europeia para produzir. Isso deve levar pelo menos um ano e meio a partir do início do pedido às autoridades. Acredita-se que em três anos, provavelmente, a empresa terá um produto no mercado, embora ele ainda possa estar relativamente caro. O foco é atender os restaurantes na Europa. Depois, deverá estar em supermercados ao redor do mundo. Mas, para que isso aconteça, precisa tornar-se barato. Inicialmente, o preço seria algo como US$ 10 por hambúrguer em restaurantes e casas especializadas. Mas a empresa acredita que, nos anos seguintes, conseguirão baixar ao nível dos supermercados

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