SINPACEL

SINPACEL

Envie para seus amigos

Verifique os campos abaixo!






Comunicar Erro

Verifique os campos abaixo!




Vitopel aposta em "papel plástico" como alternativa para gráficas

20 de junho de 2011

Stella Fontes

Fabricante de filmes flexíveis, a Vitopel apostou no desenvolvimento de um produto que pudesse ser obtido a partir do lixo plástico e acabou por lançar comercialmente, há um ano, o Vitopaper. Produzido a partir de resíduos - seja de descarte doméstico, seja industrial -, o papel plástico vem conquistando espaço e, em quatro anos, deverá responder por até 10% das vendas da empresa, que no ano passado faturou US$ 300 milhões.

Não pretendemos concorrer com a indústria de papel, conta o presidente da Vitopel, José Ricardo Roriz Coelho. Queremos oferecer um produto complementar. Por enquanto, indústrias interessadas em imprimir relatórios, manuais e outras peças institucionais com o papel plástico procuram diretamente a fabricante, que as direciona para gráficas já conhecidas. Esse modelo, conforme Roriz, pode mudar no futuro, mas a Vitopel continuará focando o desenvolvimento de clientes. Vamos fornecer uma alternativa às gráficas. Nosso negócio é produzir filmes flexíveis e papel plástico, diz.

Uma das principais vantagens do papel plástico, que é mais caro que o produto tradicional, obtido a partir da celulose, segundo Roriz, é o peso reduzido - até 40% na comparação com o cuchê. Além disso, em razão das características técnicas do plástico, é mais durável e exige o emprego de menor volume de tinta no momento da impressão. Também por uma questão de estratégia, de vender o papel plástico como produto premium, os preços acabam sendo superiores, acrescenta.

A escala ainda reduzida também contribui para o custo mais alto do papel. Hoje, a linha instalada na fábrica da empresa em Votorantim (SP) tem capacidade de produção de 10 mil toneladas por ano. Porém, em um ano, foram produzidas 1,5 mil toneladas. No futuro, o produto poderá ser oferecido fora do país, uma vez que a empresa detém patente mundial.

O Vitopaper começou a ser desenvolvido há quatro anos pela Vitopel, em parceria com a Fapesp e a Universidade Federal de São Carlos. As pesquisas tiveram como ponto de partida a proposta de se obter um produto nobre, que não fosse associado de forma negativo à sua origem: o lixo. No primeiro ensaio, foram utilizados resíduos da própria Vitopel. Mais adiante, o sistema se mostrou flexível e diferentes tipos de resinas - polipropileno e polietileno, por exemplo - foram misturados. Hoje, para cada uma tonelada de papel plástico, são usados 850 quilos de resíduos coletados por cooperativas e 150 quilos de resíduos industriais.

DEIXE SEU COMENT�RIO

Os seguintes erros foram encontrados:








    1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
    2. S�o um espa�o para troca de ideias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
    3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
    4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza.
    5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de ideias.
    Caixas de leite viram telhas e placas para construção civilBoas perspectivas para os produtores brasileiros de celulose de mercado