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1º Hackathon Paranaense do Agronegócio, em Londrina, será em abril

Maratona, promovida durante a ExpoLondrina 2016, foi lançada oficialmente no dia 10 de março; os três melhores projetos serão premiados

clique para ampliarclique para ampliarPalestrante relata que o Brasil ainda tem muito potencial para melhorar a produtividade, com a ajuda da TI (Foto: Reprodução)

O “Hackathon Smart Agro ExpoLondrina 2016”, que acontece entre os dias 8 e 10 de abril, no auditório Milton Alcover, no Parque de Exposições Ney Braga, durante a 56ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, foi lançado no dia 10 de março. O hackathon é uma maratona que reúne programadores, designers e empreendedores com o objetivo de estimular o desenvolvimento de um software relacionado ao tema “Smart Agro: Os desafios do Agronegócio Inteligente - IoT como fonte de competitividade”.

Várias lideranças ligadas ao setor do agronegócio e de tecnologia da informação (TI) marcaram presença no lançamento do “Hackathon Smart Agro ExpoLondrina 2016”. O gerente do Sebrae/PR na regional norte, Heverson Feliciano, destaca a capacidade dos londrinenses de se unirem em torno de novos projetos. “A maratona envolve dois setores importantes para a economia da cidade e é uma forma de estimular o empreendedorismo e gerar novos negócios”, diz.

O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, também elogia a iniciativa, que envolve os produtores rurais. “Pouca gente sabe que o produtor rural é ousado, que transforma sementes em lavouras. E para minimizar os riscos, ele se apropria de várias soluções. A tecnologia é uma delas. A agricultura de Londrina é formada por pessoas corajosas e ousadas, capazes de incorporar no cotidiano o que há de novo. E o hackathon tem potencial para gerar tantas novidades, tanto valor, que é impossível ser calculado”, afirma.

Na ocasião, o presidente do Arranjo Produtivo Local (APL) de Software de Londrina e Região, Luis Carlos Albuquerque Silva, lembrou que este é o terceiro hackathon em Londrina e o primeiro na área do agronegócio. "O evento mostra as oportunidades que os brasileiros têm nas áreas de TI e agronegócio e será muito produtivo para nossa cidade, que ganhou a marca de Londrina Cidade Digital por ser uma referência no setor de TI”, relata.

Pedro Sella, diretor do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), explica que a maratona foi criada de forma colaborativa, por todas as entidades que compõem o ecossistema de TI em Londrina e Região. “O evento consegue transformar esse ecossistema, que é transversal, e mostra que empresas de todos os segmentos podem utilizar soluções de TI”, frisa.

Henry Cabral, gerente do Senai em Londrina, enfatiza que os produtores rurais podem fazer um gerenciamento melhor da lavoura, com a ajuda da tecnologia. Para ele, Londrina tem um ecossistema bem consolidado, força de trabalho (universidades formadoras de mão de obra qualificada e o lançamento do Instituto Senai de Tecnologia),  capacidade de trabalhar de forma colaborativa, além de um ambiente de agronegócio muito forte. “Temos todos os ingredientes para que Londrina se torne uma referência em projetos na área de TI relacionados ao agronegócio”, opina.  

Ezequiel Kuasnik, da IBM, que vai disponibilizar a plataforma Bluemix para a criação de soluções durante a maratona, agradece a oportunidade de participar do evento. “Será prazer colaborar com o hackathon. Vamos mostrar que tecnologia que a IBM oferece pode ser aplicada em para diversas áreas, inclusive no agronegócio.”

Por fim, o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni, também agradece a presença de todos e comenta que o agronegócio brasileiro é próspero. “Estou muito feliz que esse evento esteja sendo realizado na nossa casa, durante a ExpoLondrina. Espero que os participantes transformem as ideias em projetos que sejam viabilizados em todas as regiões”, finaliza.

Palestra

Durante o lançamento do “Hackathon Smart Agro ExpoLondrina 2016”, o professor da Fatec Shunju Nushimura, Tsen Chung Kang, ministrou a palestra “Os desafios e oportunidade do agronegócio na era do conhecimento”.

Segundo ele, a evolução da agricultura permitiu que as cidades emergissem, com o surgimento das plantações. “No século 20, saímos de uma agricultura de experiência. A partir dos anos 2000 surgiu a agricultura da era do conhecimento, ancorada na informática, na biotecnologia, no design e na integração. São esses fatores que vão impulsionar a agricultura nos próximos 50 anos”, aponta Kang.

O professor ensina que a agricultura de precisão coleta os dados e os transforma em informação para geração de conhecimentos que vão nortear o desenvolvimento de ações. Conforme Kang, para criar valor, é preciso adotar a ação, no entanto, poucas pessoas conseguem criar medidas efetivas para melhorar o desempenho das lavouras. “A agricultura é um negócio complexo, que envolve o conhecimento sobre 53 diversas áreas de conhecimento que precisam ser dominadas para tocar uma fazenda, como plantio, clima, praga de solo, fazenda, fenótipo de planta, maquinários, entre outros. A boa notícia é que a informática, hoje, ajuda a fazer a predição e a prescrição. O Brasil ainda tem muito potencial para melhorar a produtividade, com a ajuda da TI”.

Maratona

O “Hackathon Smart Agro” inicia às 19horas da sexta-feira, oito de abril, e vai até às 18 horas do domingo, dez de abril, com duração de 47 horas. As soluções propostas pelas equipes devem estar prontas até às 13 horas do dia 10 de abril, quando começa a análise dos projetos pela banca avaliadora para julgamento das ideias que serão premiadas.

Os três primeiros colocados receberão os valores de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 1 mil, respectivamente. A premiação contempla ainda pré-incubação na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (INTUEL), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), consultoria ofertada pelo Sebrae/PR e uma bolsa integral de MBA na unidade do Senai em Londrina, no valor médio de R$ 15 mil, a ser cotizado entre os membros da equipe vencedora (1º lugar).

Segundo Fabrício Bianchi, consultor do Sebrae/PR, o evento é o primeiro hackathon no Brasil que aborda a temática do agronegócio. “A maratona estimula a transferência de conhecimento para o agronegócio. Nossa expectativa é de gerar projetos inovadores que possam agregar valor para esse setor, que é importante para o desenvolvimento da economia no Brasil”, acrescenta.

As inscrições para o 1.º Hackathon Paranaense do Agronegócio já estão abertas e vão até o dia 03 de abril. A taxa de inscrição é de R$ 50,00. Os interessados devem se inscrever na plataforma oficial do evento: http://expolondrina2016.com.br/hackathon.

As vagas estão limitadas em 80 participantes. O número de integrantes por equipe é de no máximo cinco (5). As inscrições devem ser realizadas de forma individual, por participante, e a idade mínima é 18 anos.

Realização

Além do Sebrae/PR, a realização e organização do evento é da Sociedade Rural do Paraná (SRP), Senai, Codel, Sercomtel, Universidade Estadual de Londrina (UEL), IBM, APL de Software de Londrina e Região, Central de Inovação, Desenvolvimento e Negócios Tecnológicos (Cintec), Sindicato das Indústrias de Tecnologia de Informação (Sinfor PR), com apoio da Terra Roxa, Fundação Meridional, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater-PR), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Sindicato Rural, entre outros parceiros.

Com informações do Sebrae/PR

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